Conheça a trajetória de Simone Tebet!
Após disputar o cargo de presidente da República no primeiro turno das eleições brasileiras, Simone Tebet não demorou em declarar seu apoio ao candidato Lula. Ela tem feito campanha ao seu lado, nas ruas, e não hesita em criticar Jair Bolsonaro, a cada discurso.
Simone Tebet chamou a atenção de quem ainda não a conhecia a partir de sua participação no primeiro debate entre presidenciáveis na TV. Ganhou a admiração de muitos, pela segurança e conhecimentos que demonstrou. Na galeria, confira sua trajetória!
Natural de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, Simone é filha de Ramez Tebet (PMDB), ex-ministro da Infraestrutura do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
(Foto: Reprodução / Instagram)
Ela começou a estudar Direito aos 16 anos, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Depois, tornou-se especialista em Ciência do Direito e mestre em Direito do Estado, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
(Foto: Reprodução / Instagram)
Seguiu na ativa dando aulas em universidades, como a Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Católica Dom Bosco, Universidade para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal e Faculdades Integradas de Campo Grande.
A história política de Tebet começou aos 31 anos, quando foi a m u l h e r mais votada para um cargo legislativo, em 2002. Na ocasião, ela tornou-se deputada estadual pelo Mato Grosso do Sul, com 25.251 votos.
Passados dois anos, tornou-se a primeira m u l h e r a ocupar o cargo de prefeita de Três Lagoas. Nas eleições de 2008, reelegeu-se para o posto com mais de 75% dos votos.
Ela renunciou à sua função na Prefeitura para concorrer às eleições estaduais. Assim, foi eleita a primeira m u l h e r vice-governadora do estado do Mato Grosso do Sul, ao lado de André Puccinelli (MDB).
(Foto: Reprodução / Instagram)
Em 2014, foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul. No cargo, liderou a primeira bancada feminina da história e tornou-se presidente da Comissão Mista de Combate à Violência contra a M u l h e r.
Durante a pandemia, Tebet ganhou destaque nacional ao liderar um movimento feminista dentro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID no Senado Federal, que, inicialmente, era composta apenas por homens.
O objetivo da CPI era, sobretudo, investigar a conduta do governo Bolsonaro no combate à pandemia. Ela foi uma das senadoras, que, apesar de não ter cargo oficial na comissão, esteve presente na maioria das sessões e interrogou investigados.
Durante a Comissão, a senadora foi chamada de "descontrolada" pelo então ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário. A situação gerou tumulto entre os senadores, que instauraram um processo de investigação contra Rosário.
A senadora é casada com o deputado estadual Eduardo Rocha (MDB) e atua em Campo Grande. Segundo o jornal Estado de Minas, ambos têm suas campanhas majoritariamente financiadas pelo agronegócio.
Por sua fala, Tebet foi elogiadíssima nas redes sociais, por sua participação no primeiro debate entre presidenciáveis, na TV. Inclusive, muitos a consideraram “vencedora”.
Durante o encontro, Tebet não só enfrentou o atual presidente, como mostrou-se defensora dos direitos das mulheres. Além disso, ela posicionou-se a favor da bolsa de R$ 5 mil para estudantes que concluírem o Ensino Médio.
A Bolsonaro, a candidata foi cirúrgica ao afirmar que ele defendeu assassinos e torturadores. Além disso, Tebet ressaltou as atitudes misóginas do presidente e ainda indagou: por que ele teria raiva das mulheres?
A senadora mostrou uma postura clara: “Nós temos que colocar na cadeia quem agride a m u l h e r brasileira, quem agride uma criança, quem agride um adolescente. Temos que dar exemplo. Exemplo que, lamentavelmente, o presidente não dá, quando desrespeita as mulheres, quando fala das jornalistas, quando agride, ataca e conta mentiras, como acabou de fazer”. Simone referia-se justamente ao ataque feito à jornalista Vera Magalhães, no mesmo debate.
No final, ela completou: “Eu quero dizer que não tenho medo, que fake news e robôs do seu governo [de Bolsonaro] não me amedrontam.”
Tebet também não se intimidou ao criticar a postura de Bolsonaro durante a pandemia da COVID-19.
“Não vi o presidente pegar sua moto e ir consolar uma mãe que perdeu o filho para a covid. Isso aconteceu porque não houve um plano. Pelo contrário, houve um escândalo", disse.