Personagens de séries que (quase) todo mundo odiava
A maneira mais fácil de criar um herói de televisão é colocar um antagonista ao lado dele. As comparações elevam o vencedor. Mas, cuidado! Um personagem odiado não precisa ser, necessariamente, o vilão da série...
Para provar isso, analisamos aqueles personagens que, de tão detestados, chegaram até a dar problemas aos atores e atrizes que os interpretaram.
Enrique Arce ficará na história da televisão por dar vida ao personagem mais deplorável do fenômeno mundial que foi 'La Casa de Papel'.
Arturito começa a série como chefe da Casa da Moeda Real e acaba retratado como um covarde, egoísta e sem escrúpulos. O pior é que seu retorno à série não fez mais do que endossar a rejeição generalizada por milhões de espectadores.
Partimos do princípio de que Tobias Menzies, além de ser um excelente ator, tem a cara de vilão... Perfeito para o papel de Jack Randall.
Se somamos a parte dos abusos e crimes, além do fato de ele ser o principal obstáculo ao amor entre Jamie e Claire, Jack Randall tem tudo para não agradar ninguém!
Até os anfitriões dos parques temáticos têm mais empatia pelos humanos do que o personagem de Anthony Hopkins em 'Westworld'.
Robert Ford é um gênio megalomaníaco que ama seu trabalho e a si mesmo acima de tudo.
Na verdade, ela nunca foi a protagonista da série. Além do mais, serviu para mostrar que seus problemas de primeiro mundo eram insignificantes em comparação com o resto dos personagens.
Ainda assim, ela insistiu em ser uma personagem detestável, o que foi muito ajudado pelo fato de que, em um ponto, virou líder de um grupo de supremacistas brancos.
Por oito temporadas, a série da HBO mostrou o pior da condição humana em personagens como Ramsay Bolton ou Mindinho... Embora perto de Joffrey qualquer um parece do bem. Um psicopata de livros didáticos, sem sentimentos ou empatia alguma.
A repercussão do personagem foi tão brutal que os fãs repreenderam Jack Gleeson durante anos, na rua, a ponto de fazê-lo deixar a interpretação. E assim, o mundo perdeu um grande ator.
Em uma série sobre máfia, mentiras, traições e roubos, Janice encaixou-se tão bem que nunca conseguiu o carinho do público.
Um problema adicional para a personagem era que seu irmão, Tony Soprano (James Gandolfini), era um dos mais carismáticos da história da televisão. Impossível competir.
Foram oito temporadas e, em cada uma delas, Susan Mayer teve algum problema de dimensões assustadoras, quase sempre evitáveis se ela tivesse um pouco mais de juízo.
Ela incendiou uma casa, atropelou um vizinho, arruinou sua família... E, enquanto tudo isso acontecia, só reclamava sobre sua solidão.
Não existe uma única pessoa que, em algum momento dessas 12 temporadas, não tenha tido o desejo de trancar Sheldon Cooper en un quarto.
Egoísta e desprovido de sentimentos, Sheldon Cooper é insuportável. E o fato de que Jim Parsons tenha sido a causa do fim da série também não alivia muito para o seu lado.
Giancarlo Esposito elevou o nível dos vilões da televisão com esse psicopata de duas caras que era legal em 'Los Pollos Hermanos', durante o dia, e o traficante mais perigoso da série, pela noite.
Seus planos eram tão cruéis, atenciosos e perfeitos, que tudo sempre dava certo para ele. Até que conheceu Walter White, quem deu-lhe um dos finais mais lendários da história da televisão.
Uma pessoa que conseguiu fazer com que Blair, Chuck, Serena e Dan se unissem para enfrentá-la como um inimigo comum deve ser realmente detestável.
Seu personagem era a manipulação em pessoa, alguém que tinha normalizado a mentira como arma e que não olhava para as consequências de suas ações.
'The Daily Beast' até se perguntou se Marnie era "a pior personagem da televisão" e o fez com uma base bem fundamentada: a de uma protagonista irritante em muitos níveis.
Sua personalidade obsessiva, sua ânsia de julgar os outros e suas contínuas decisões erradas, que arrastavam quem estava ao seu redor, fizeram com que Marnie se destacasse quase desde o primeiro capítulo.
Esse personagem tinha tudo para ser odiado, como todo o elenco da série, mas no caso dele, com menos carisma e vícios menos perdoáveis.
Além disso, Pete Campbell tinha o bônus de ser aquele rapaz privilegiado que acha que o mundo lhe deve algo e conspira contra ele. Obviamente, na comparação com Don Draper, ele saiu um pouco "low cost".
Ela é a mãe de Jonas (Louis Hoffman) e uma das personagens que dá sentido ao título da série por ser sombria como a noite.
Sua obsessão por Ulrich Nielsen (Oliver Masucci) começa no colegial, quando se apaixonou por ele. Ser rejeitada a levou a protagonizar momentos de crueldade e mesquinhez quase inexplicáveis.
Bevers é o pesadelo de todas as pessoas que já dividiram um apartamento. Aquele colega de quarto que tem as piores qualidades que um ser humano pode ter.
Não paga aluguel, embora passe mais tempo do que qualquer um na casa, rouba comida que não é dele, não para de quebrar coisas e, ainda por cima, gosta de andar sem roupa.
Sem dúvida, a personagem mais maliciosa e inteligente de uma série com muitos personagens maliciosos e inteligentes.
Mesmo que muitas pessoas tenham amado Cersei, em algum momento das oito temporadas, todos a odiaram. Além disso, quando parecia que ela estava escapando de seu destino no capítulo final, o mundo deu um suspiro de alívio com o resultado que ela teve.
Desagradável. Simplesmente desagradável. Ele não era apenas o inimigo de Leslie Knope (Amy Poehler) na série, mas seus argumentos para boicotá-la o tornavam ainda mais misógino e paternalista.
Como se isso não bastasse, ele tinha o seu "you just got jammed" como uma frase recorrente que tornava mais fácil ainda não ganhar a simpatia de ninguém. A propósito, aplausos sem fim pela performance de Jon Glaser.
A personagem de Emma Kenney precisaria de várias vidas para redimir-se de algumas ações que envergonhariam o próprio diabo.
A coisa mais séria, obviamente, foi o roubo de um bebê. Agora, o fato de tirar vantagem de um deficiente ou o abuso carnal de um homem não fica para trás.
Skyler era uma espécie de Grilo Falante de Walter White em sua escalada criminosa e, talvez por essa razão, o mundo a escolheu. Heisenberg era um anti-herói e ela era sua inimiga.
Anna Gunn, a atriz por trás da personagem, chegou a escrever uma carta ao New York Times na qual, entre outras coisas, culpava a "própria percepção das mulheres e esposas" que considerava que a sociedade tinha.
De acordo com Donald Glover em 'The Hollywood Reporter', Pierce Hawthorne parecia mais com Chevy Chase do que o esperado, garantindo que poucas pessoas se dessem bem com ele no set.
O personagem foi criado de propósito para ser odiado. Essa é a única maneira de entender seus comentários e atitudes machistas e ofensivos que colocam todo o elenco em xeque.
Lori Grames é a primeira personagem odiosa que vem à mente de muitas pessoas. E existem motivos para isso.
Ela não apenas tomou decisões questionáveis que colocaram o grupo em perigo, mas acabou se aliando aos vilões e chegou ao ponto de atirar em Daryl. Daryl!
Ser mais odiada que Xander Harris tem méritos e aparecer somente na quinta temporada, em uma série com sete entregas, ainda mais.
Mas é que Dawn Summers cometeu muitos pecados capitais em uma série cult. A primeira, roubar o protagonismo. A segunda, como uma irmã de Buffy apareceu somente na quinta temporada? O resto do trabalho fez seu próprio caráter irritável.
Curioso também é o caso de Ted Mosby, que passou de protagonista e narrador, a um inequívoco vilão. Uma percepção que se multiplicou quando a série terminou.
Os fãs acusaram Ted Mosby de ser um homem egoísta que, em seu caminho para a felicidade utópica, tira os desejos daqueles ao seu redor.
O rosto amigável de April Kepner escondeu um dos personagens mais arrogantes, egoístas e durões da história da série.
Abandonar o noivo no altar ou roubar o namorado de uma colega também não ajudou os fãs da série a gostarem dela.