A verdadeira história da rainha Camilla Parker Bowles
A Duquesa de Cornwall, como é comumente chamada, teve uma longa jornada até consolidar seu papel ao lado do Rei Charles III.
Depois de muitos altos e baixos, Camilla havia ganhado, definitivamente, a confiança da Rainha Elizabeth II, que expressou seu desejo de que ela fosse nomeada Rainha Consorte, quando chegasse o momento.
Camilla é casada com o Rei Charles III, desde 2005, mas sua aceitação por parte dos súditos nunca foi total, realmente.
A Duquesa traçou um caminho difícil, mas seu passado, finalmente, pode estar ficando para trás.
Camilla nasceu em uma família de classe alta, dezesseis meses antes do nascimento do rei Charles III. Ela foi educada na Suíça e em Paris.
Em entrevista ao Daily Mail, ela disse que sua mãe sentava-se à mesa de jantar e, ao perceber que havia silêncio, dizia: "Fale, não importa do que se trata. O importante é continuar a conversa". A Duquesa afirma que, por isso, nunca deixou de se expressar.
Ela conheceu Charles no início dos anos 1970, em uma partida de pólo. Mantiveram um relacionamento até que ele teve de ausentar-se para servir à Marinha Real.
Em 1973, Camilla casou-se com um ex-namorado da Princesa Anne: Andrew Parker Bowles. Eles tiveram dois filhos: Tom e Laura.
Quando o então Príncipe voltou da Marinha, encontrou Camilla casada e com dois filhos. Sem remédio, ele casou-se com a Princesa Diana Spencer.
Curiosamente, Charles foi escolhido para ser o padrinho de Tom, filho de Camilla com Bowles.
De acordo com Diana, na famosa entrevista à Martin Bashir, "havia três pessoas no casamento" dela com Charles.
Em 1995, Camilla divorciou-se de seu marido, Andrew. No ano seguinte, Charles e Diana fizeram o mesmo. Dois anos depois, os antigos namorados assumiram estar juntos novamente.
O então Príncipe, discretamente, começou a pagar uma mesada anual à Camilla. The Royal Observer afirmou que ele "até enviou uma equipe para fazer as compras dela no supermercado".
O escritor e jornalista, Tom Bower, afirmou que Charles tentou falar com a Rainha, em várias ocasiões. Mas ela não pensava em aceitar o novo relacionamento de seu filho, nem perdoar Camilla por impedir que Charles pudesse recuperar seu casamento com Diana.
Em 18 de julho de 1997, o The Royal Observer publicou que Charles havia organizado uma festa de aniversário de 50 anos para Camilla. Os fotógrafos registraram a sua chegada e também a sua partida, na manhã seguinte à festa.
Apenas um mês depois, em agosto de 1997, o mundo inteiro lamentou a morte da Princesa Diana, num trágico acidente de carro.
Durante o luto, Camilla evitou aparecer em público, por respeito ao difícil momento. De acordo com o The Royal Observer, ela foi um "grande conforto" para Charles, após a morte de sua ex-esposa.
Na época, a correspondente Real, Judy Wade, disse: "Se Camilla Parker-Bowles for vista perto da casa de Charles nos próximos seis meses, ele estará frito. É hora de manter a discrição".
Embora Charles quisesse que Camilla fosse ao enterro, todos sabiam que era uma péssima ideia. A Rainha, de fato, desaconselhou sua presença, de acordo com o The Royal Observer.
Nestas circunstâncias, a aceitação do relacionamento entre Camilla e o aquele que seria o futuro Rei do Reino Unido seria difícil, tanto para o público, como para a própria Rainha.
Em 2005, o casal finalmente anunciou o noivado. Charles presenteou Camilla com um anel de esmeralda com 3 diamantes de 5 quilates, que havia pertencido à Rainha, sua mãe.
O casamento de Charles com Camilla Parker Bowles ocorreu numa cerimônia civil, no Windsor Guildhall, em 9 de abril de 2005. Segundo a Vanity Fair, a noiva sofria de uma forte sinusite. Tanto, que seus amigos achavam que ela não seria capaz de caminhar até o altar.
O jornalista Tom Bower também afirmou, em seu livro, que a Rainha recusou-se a comparecer à cerimônia civil de casamento de seu filho.
A verdade é que a Princesa Diana, mesmo depois de sua morte, contava com uma verdadeira legião de fãs, pois seu carisma era excepcional. Isto dificultou, ainda mais, a aprovação do relacionamento entre Camilla e Charles.
Em 2014, o irmão de Camilla morreu, inesperadamente, aos 62 anos. Ele caiu e bateu a cabeça, durante um evento de caridade, em Nova York. O Daily Mail noticiou, na época, que Camilla e Charles estavam "totalmente devastados".
Apesar das dificuldades, segundo o Daily Mail, ela não é de dar importância maior às coisas daquela que realmente tem. "Temos que rir de nós mesmos. Quem não puder fazer isto, é melhor desistir."
Sobre sua casa no campo, Camilla disse: "Se fosse permitido, eu ficaria no jardim o dia todo", segundo o Express.
No aniversário de sua sucessão ao trono, a Rainha fez uma declaração pública sobre a vida na realeza e seu desejo para o futuro: "Quando meu filho Charles tornar-se Rei, sei que ele e sua esposa, Camilla, terão o mesmo apoio que eu tive".
"É meu desejo sincero que, quando chegar a hora, Camilla seja conhecida como a Rainha Consorte", acrescentou Elizabeth II. Esta declaração ganhou as manchetes do mundo todo.
A BBC cita a escritora Real, Penny Junor, ao dizer que Camilla tem sido "leal, discreta e trabalhadora, tanto com relação às instituições de caridade, quanto ao apoio ao Príncipe. Ela assumiu este trabalho com uma idade relativamente avançada e tem sido extraordinária em todas as suas funções".
Camilla apoia diversas instituições de caridade, como, por exemplo, centros de alfabetização e de bem-estar animal. Além disso, ela participa de organizações que ajudam pessoas vítimas de abuso doméstico.
A autora real, Penny Junor, disse ainda que Camilla trará calor ao papel da Rainha Consorte. "Ela é divertida, amigável e tem um brilho especial nos olhos. Ela faz as pessoas sentirem-se bem por tê-la conhecido."
O casal, há alguns anos, já parece tranquilo, após tantas tormentas que passaram juntos. E o apoio da Rainha foi imprescindível para isso.