Colin Farrell revela doença enfrentada por seu filho
O ator Colin Farrel, que geralmente é reservado sobre tudo relacionado à sua vida pessoal, revelou, recentemente, que seu filho James, de 20 anos, tem síndrome de Angelman.
A síndrome de Angelman é um distúrbio neurogenético que causa deficiência no desenvolvimento. É detectado na infância, quando a criança apresenta sintomas como não engatinhar, balbuciar, equilibrar-se ou gargalhar, por exemplo.
O ator contou à revista People detalhes do seu dia a dia com o filho, além de falar sobre a criação de uma fundação para ajudar crianças, adolescentes e adultos com necessidades especiais.
A fundação também será responsável por defender os direitos destas pessoas e educá-las através de programas inovadores.
“É difícil ver alguém que deveria ser parte integrante da nossa sociedade moderna, ficar para trás”, disse o ator na entrevista.
James Farrell é filho de Colin com a modelo Kim Bordenave. Ele foi acompanhado por uma equipe de profissionais para aprender a comer, caminhar etc.
Colin acrescentou: “James, e outros como ele, conquistaram o direito de ter um maior grau de individualidade e autonomia na vida, e um maior grau de comunidade. “Quero que o mundo seja gentil com James, que o trate com gentileza e respeito.”
“Quando ele começou a comer sozinho, no final, seu rosto parecia o de Jackson Pollock. Mas ele faz isso, ele se alimenta maravilhosamente bem. Tenho orgulho dele todos os dias, porque acho que ele é mágico.”
"Jamais esquecerei seus primeiros passos. Faltavam duas semanas para seu aniversário de 4 anos. Estávamos em casa com a Débora, que faz parte dessa equipe maravilhosa que cuida dele há 18 anos, e eu sabia que eles estavam trabalhando na caminhada. Ela subiu as escadas e ele disse: ‘James tem algo para lhe mostrar’”.
“Ela o deixou passar e foi tão profundo. Nunca esquecerei sua determinação enquanto caminhava em minha direção, ele deu cerca de seis passos e eu comecei a chorar porque muitos pais ouvem que nossos filhos não vão andar ou que vão ficar amarrados numa cadeira de rodas, foi muito lindo", contou.
Em 2017, ao programa “Today”, Colin disse: “Eles [filhos especiais] podem rasgar a fibra mais profunda do seu coração, mas o amor compartilhado e a pura força e heroísmo observados são a agulha e a linha que remendam todas as lágrimas”.