Assim (não) mudou Eva Green, a musa gótica de Hollywood

Uma beleza indecente
A estreia dos sonhos
Uma estreia ousada
Não deu ouvidos à mãe
O céu era o limite
Uma Sybilla magnética
Vesper Lynd
Licença para o sucesso
O primeiro sim a Tim Burton
Um universo sob medida
A Dama Fatal
Artemisia conseguiu salvar-se
Carisma transbordante
E Vanessa Ives chegou
A bruxa e a química
Penny Dreadful
Mais filmes com Tim Burton
O céu não era o limite
Pausa para TV
Aos seus pés, Milady
A musa que não para
Uma beleza indecente

Nascida em Paris, mas com raízes argelinas, sefarditas e suecas, Eva Green possui um magnetismo que poucas pessoas souberam definir tão bem quanto Bernardo Bertolucci: "Ela é tão bonita que chega a ser indecente".

A estreia dos sonhos

Foi precisamente o diretor italiano quem apostou na jovem e desconhecida Eva Green para dar-lhe seu primeiro papel no filme 'Os Sonhadores' (2003).

Uma estreia ousada

Com apenas 22 anos, ela protagonizou um filme com cenas de relações físicas muito explícitas. A própria atriz reconheceu, em entrevista ao The Guardian, que sua mãe e seu empresário imploraram para que ela não aceitasse o papel.

Não deu ouvidos à mãe

Eva não deu ouvidos àquelas preocupações e recebeu aplausos e reconhecimento unânime para uma estrela em ascensão. Na foto, ao lado de Michael Pitt, seu colega em 'Os Sonhadores'.

 

O céu era o limite

Esse novo status foi confirmado por Ridley Scott em 2005, ao oferecer-lhe sua primeira grande produção: 'Reino dos Céus' (2005).

Uma Sybilla magnética

Aos 24 anos, ela deu vida à hipnótica Sibylla, chegando a ofuscar o então grandioso Orlando Bloom, que estava no auge de sua carreira após terminar a trilogia de 'O Senhor dos Anéis' (The Lord of the Rings).

Vesper Lynd

E se Sibylla fascinou o público, Vesper Lynd em 'Casino Royale' foi uma revelação. Eva Green coincidiu com a estreia de Daniel Craig na nova fase de James Bond, e a química na tela foi inegável.

Licença para o sucesso

Em pouco mais de cinco anos, Eva Green passou do anonimato a uma verdadeira estrela que poderia escolher os papéis que quisesse. E mesmo assim, viu Rachel Weisz e Scarlett Johansson roubarem-lhe os papéis em 'O Jardineiro Fiel' (2005) e 'A Dália Negra' (2006).

O primeiro sim a Tim Burton

No entanto, ficou claro que Eva Green escolhia os papéis que almejava, quando deu seu primeiro "sim" (dos três que acumulam juntos) a Tim Burton para interpretar a pérfida Angelique Bouchard, em 'Sombras da Noite' ('Sombras da Escuridão', em Portugal), de 2012.

Um universo sob medida

Eva Green parecia ter nascido para flutuar pelo universo de Burton, e sua personagem, malévola como o demônio, era irresistivelmente atraente para o espectador e, é claro, para um Johnny Depp que ainda brilhava em Hollywood.

 

A Dama Fatal

Curiosamente, em 'Sin City 2: A Dama Fatal' (2014), com estética cômica noir e um papel de femme fatale, Eva Green não pôde brilhar como o esperado. A pouca repercussão que o filme teve não ajudou.

Artemisia conseguiu salvar-se

Algo semelhante esteve prestes a acontecer em '300: Rise of an Empire' (2014), mas sua personagem Artemísia, comandante do exército persa, era tão poderosa que sua mera presença já valia à pena por todo o filme.

Carisma transbordante

Navegando em uma linha tênue entre violência e sensualidade, a Artemísia de Eva Green poderia ter sido seu personagem mais magnético, mas essa honra estava reservada para a excepcional Vanessa Ives, com a série 'Penny Dreadful' (2015-2016).

E Vanessa Ives chegou

A Showtime decidiu que seria uma boa ideia reunir, em uma série, Drácula, Dr. Frankenstein, Dorian Gray e muitos outros personagens da literatura clássica de terror. E acertou, sobretudo, por colocá-los ao redor da imponente figura de Vanessa Ives.

A bruxa e a química

A personagem de Eva Green era uma bruxa poderosa que lutava entre o bem e o mal, enquanto a química com Josh Hartnett aumentava a temperatura dos espectadores.

Penny Dreadful

Foram três temporadas que enlouqueceram os fãs, Mesmo anos e anos depois, ainda a temos em nossos pensamentos e orações!

Mais filmes com Tim Burton

Após Vanessa Ives, Green estrelou em mais dois filmes com Tim Burton: 'O Lar das Crianças Peculiares' ('A Casa da Senhora Peregrine para Crianças Peculiares',  em Portugal, 2016) e a notável adaptação de 'Dumbo' (2019).

O céu não era o limite

No mesmo ano, Eva Green foi escolhida para interpretar um papel pouco comum no cinema, o de uma astronauta. Alice Winocour decidiu, com acerto, que Sarah teria o rosto de Eva Green em 'O Espaço Entre Nós' (2019).

Pausa para TV

Depois de uma breve passagem pela televisão, com séries como 'The Luminaries' e 'Liaison', Eva Green retornou com um clássico como 'Os Três Mosqueteiros: D’Artagnan' (2023), de Alexandre Dumas.

Aos seus pés, Milady

A ambiciosa adaptação francesa está dividida em duas partes, uma dedicada a D'Artagnan, o eterno protagonista, e a outra para o destaque pessoal de Milady, interpretada por Eva Green.

A musa que não para

Já se passaram mais de duas décadas e o tempo parece não afetar Eva Green. No entanto, essa enigmática parisiense continuará sendo a eterna musa gótica de Hollywood.