Quem matou o pai de Michael Jordan?

O trágico passado de Michael Jordan
A versão oficial dos eventos
Qual é a verdade?
Quem encontrou o corpo de James Jordan?
Graças ao Lexus de Michael Jordan, conseguiram identificá-lo
Identificado através de registros odontológicos
Por que a demora em dar queixa de desaparecimento?
O que aconteceu?
Crime organizado e dívidas de jogo
Policiais envolvidos na investigação foram acusados de corrupção
O anel enterrado da NBA
As evidências que incriminaram Greene
O irmão de Michael identificou as joias no julgamento
Os supostos assassinos eram amigos de infância
Demery testemunhou contra Greene
Confissão de Demery
Foi realmente Greene quem matou James Jordan?
E a prova do crime?
Testes balísticos inconclusivos
O sangue encontrado no carro
Não havia marcas de sangue no carro de Jordan
Possível relação entre criminosos e policiais
Outras conexões com o assassinato
O júri não considerou estes fatos
Anos depois, Demery garante que mentiu no julgamento
Daniel Greene defendeu sua inocência desde 1993
Larry Demery vai ser solto
James 'Slim' Bouler, no centro das atenções
A teoria de Mark Whicker
A teoria da conspiração
Nunca saberemos a verdade
O trágico passado de Michael Jordan

Em 2023, quase 30 anos depois da morte do pai de Michael Jordan a tiros, no carro de seu filho, um dos dois assassinos sairá da prisão em liberdade condicional. Mas qual a história por trás deste trágico evento?

A versão oficial dos eventos

Oficialmente, James Jordan foi baleado e morto enquanto dormia num Lexus vermelho, que estava à beira de uma estrada no condado de Robeson, na Carolina do Norte (EUA). Seu corpo foi encontrado apenas 11 dias depois do crime. Desde o momento do incidente, algumas perguntas não foram devidamente esclarecidas.

Qual é a verdade?

E se o assassino de James Jordan fosse alguém de seu círculo íntimo? Ele poderia ter sido morto por outra pessoa, e não pelos dois condenados por aquele crime? Vamos relembrar alguns fatos sobre o que realmente aconteceu!

Quem encontrou o corpo de James Jordan?

O pai de Michael Jordan foi encontrado por um pescador, em um pântano, em McColl, na Carolina do Sul. O corpo já estava em estado avançado de decomposição, tanto que a polícia, inicialmente, não conseguiu identificá-lo e o cremou como "desconhecido".

Graças ao Lexus de Michael Jordan, conseguiram identificá-lo

No entanto, dois dias depois, a polícia encontrou um Lexus desmontado, a 100 quilômetros de onde estava o corpo. O veículo era de Michael Jordan.  

Identificado através de registros odontológicos

O legista que trabalhou no corpo do "desconhecido" havia conservado sua mandíbula e suas mãos para que sua identidade pudesse ser verificada no futuro. Assim, por meio de seus registros dentárioso, ele foi identificado como James Jordan.

Por que a demora em dar queixa de desaparecimento?

Um dos detalhes mais suspeitos do caso Jordan foi que sua família apresentou queixa sobre seu desaparecimento apenas três semanas depois de deixar de receber notícias dele.

O que aconteceu?

A razão alegada pela família foi de que a equipe de segurança de Michael Jordan havia iniciado sua própria investigação. Apenas no momento em que foi anunciada a aparição do carro batido, os familiares de James Jordan deram queixa à Polícia.

Crime organizado e dívidas de jogo

Alguns jornalistas especulam que a família demorou para registrar a denúncia, pois o assassinato tinha realção com o crime organizado e dívidas relacionadas ao jogo.

Policiais envolvidos na investigação foram acusados de corrupção

Logo após o término do julgamento dos assassinos de James Jordan, 22 deputados do Gabinete do Xerife do Condado de Robeson, encarregados da investigação, foram indiciados por corrupção. Isso estaria relacionado ao caso Jordan e àquela sentença?

O anel enterrado da NBA

Um dos momentos mais estranhos da investigação ocorreu quando um dos suspeitos, Daniel Greene, levou a polícia à casa de sua bisavó, onde desenterraram o anel da NBA de Michael Jordan, que James usava no dia do crime.

As evidências que incriminaram Greene

A polícia procurou Daniel Greene, entre outros motivos, depois de vê-lo com o relógio de James Jordan e o anel de Michael Jordan, em um videoclipe de hip-hop.

O irmão de Michael identificou as joias no julgamento

Durante o julgamento, o irmão de Michael, Larry Jordan, identificou as joias como presentes que o astro da NBA havia dado a seu pai, mas o juiz não permitiu que o júri visse o videoclipe, por temer que pudesse prejudicar o réu.

Os supostos assassinos eram amigos de infância

Larry Demery e Daniel Greene foram acusados e, posteriormente, condenados pelo assassinato de James Jordan. Eles eram grandes amigos de infância e brincavam juntos na escola. Ambos cresceram no condado de Robeson.

Demery testemunhou contra Greene

Uma arma escondida foi descoberta na casa de Daniel Greene, e, em paralelo,  Larry Demery testemunhou contra seu amigo. Com esses elementos, o júri chegou a um veredicto final.

Confissão de Demery

Em seu depoimento, Demery disse que os dois planejaram roubar James Jordan enquanto ele dormia, mas acusou Greene de atirar no p e i t o da vítima, quando perceberam que ele acordava. Depois disso, jogaram seu corpo de uma ponte, juntos.

Foi realmente Greene quem matou James Jordan?

Na noite em que Jordan foi morto, Greene afirmou ter jantado com a namorada, Bobbie Jo Murillo. Várias testemunhas corroboraram isso, mas nenhuma delas foi chamada para testemunhar em sua defesa, nem mesmo Bobbie Jo. Isso levou muitos a acreditarem que Greene possa ter sido o bode expiatório de uma organização criminosa.

E a prova do crime?

No julgamento de Demery e Greene, não foi provado que o revólver apresentado pelos promotores tenha sido, de fato, a arma do crime.

Testes balísticos inconclusivos

A arma foi encontrada em um aspirador de pó, na casa de Greene, mas os testes de balística não foram conclusivos, quando comparadas à bala que foi retirada do corpo de James Jordan.

O sangue encontrado no carro

Na realidade, o caso tinha poucas evidências, além do depoimento de Demery, como testemunha ocular dos eventos. O principal argumento era que James Jordan morreu em seu carro e depois foi levado de lá e jogado de uma ponte, mas os exames feitos no veículo também foram inconclusivos.

Não havia marcas de sangue no carro de Jordan

O julgamento contou com a presença de uma especialista, para testemunhar sobre a questão do sangue no veículo, embora não houvesse provas confirmadas.

Possível relação entre criminosos e policiais

Uma das ligações feitas do telefone de James Jordan, no dia em que foi morto, foi para Hubert Larry Deese, um traficante de drogas condenado e filho biológico do xerife do condado de Robeson, Hubert Stone. Aliás, Stone foi posteriormente condenado por corrupção.

Outras conexões com o assassinato

Deese também trabalhou com Larry Demery, na Crestline Mobile Homes, que ficava a menos de um quilômetro de onde o corpo de Jordan foi encontrado. Sabia-se que parte dos negócios da empresa fazia parte de uma rede de narcotráfico, transportando produtos ilegais até a costa leste dos Estados Unidos.

O júri não considerou estes fatos

No entanto, o juiz Gregory Weeks decidiu que o telefonema e a conexão entre o xerife Stone, o traficante Hubert Deese e Larry Demery não poderiam ser apresentados como prova e o júri nunca pôde avaliar os fatos.

Anos depois, Demery garante que mentiu no julgamento

Quase duas décadas após o crime, Christine Mumma, advogada de Daniel Greene, na época, visitou Larry Demery na prisão, quando este confessou que havia mentido durante o julgamento.

Daniel Greene defendeu sua inocência desde 1993

Greene entrou com vários recursos para anular sua condenação, alegando que não estava presente quando o pai de Michael Jordan foi morto.

Larry Demery vai ser solto

Em 2020, Larry Demery ganhou liberdade condicional e, embora sua libertação tenha sido adiada para 2021, agora, está prevista para 2023.

James 'Slim' Bouler, no centro das atenções

A teoria da conspiração sobre o caso sustenta que o principal suspeito do assassinato é, na verdade, James 'Slim' Bouler. Michael Jordan teria passado um cheque de 57 mil dólares para cobrir perdas em jogos de azar e Bouler, conhecido por traficar substâncias ilegais, estaria envolvido nesta dívida.

A teoria de Mark Whicker

Mark Whicker, um escritor do Orange County Register, alimentou a controversa teoria, em 1993, e alegou em um de seus artigos que havia uma possível conexão entre a morte de Jordan e as dívidas de jogo de seu filho.

A teoria da conspiração

"Por enquanto, sabemos apenas que há evidências de problemas de jogo na família e suspeitas de que estejam endividados", escreveu Whicker, em seu artigo: "O assassinato foi coincidência?"

Nunca saberemos a verdade

Assim foi o trágico episódio do passado de Michael Jordan, repleto de sombras e dúvidas. O que de fato teria ocorrido? Podemos escolher dois caminhos: o da conspiração ou o dos fatos julgados. 

Veja mais!