Olimpíadas 2024: Ilona Maher, a estrela do rugby da qual todo mundo fala
Ilona Maher (na imagem, quem agarra a bola) foi uma das grandes sensações do rugby 7 feminino nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. E não é para menos, ela ajudou o time estadunidense a ganhar a medalha de bronze na modalidade. Entretanto, sua fama ultrapassa os campos.
Maher nasceu há 28 anos em Burlington, Vermont (Estados Unidos) e entrou no mundo do rugby aos 17, incentivado pelo pai, Mike Maher - que jogava no Saint Michael's College, em Colchester.
Após jogar pelo South Burlington School Rugby Football Club, passou pelos times das universidades de Norwich (Northfield, Vermont) e Quinnipiac (Hamden, Connecticut), alcançando, com esta última, três campeonatos da National Intercollegiate Rugby Association (NIRA) da NCAA.
Ela recebeu o Prêmio MA Sorensen 2017 de melhor jogadora universitária de rugby do país e, em 2018, terminou como a jogadora de maior destaque nos campeonatos NIRA.
Em 2018, os treinadores Richie Walker e Emilie Bydwell a testaram e a convidaram para fazer parte da seleção nacional de rugby de sete dos Estados Unidos, com a qual estreou na Copa do Mundo, no torneio SVNS feminino, realizado em Paris.
Desde então, não parou de crescer e deixou sua marca nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, e na Copa do Mundo Rugby Sevens 2022, que aconteceu na Cidade do Cabo (África do Sul).
Tamanho sucesso faz Maher não parar de aumentar seu númeri de seguidores nas redes sociais, especialmente no TikTok e no Instagram, onde é um verdadeiro fenômeno de massa.
Tudo começou há três anos, nos Jogos de Tóquio, devido a suas mensagens para promover o rugby 7 feminino e apoiar todos os tipos de corpo, enfrentando assim o s e x i s m o e machismo.
Com um tom ora amigável e até cômico, ora comovente, mas sempre confiante, já conseguiu ultrapassar os 2,5 milhões de fãs no Instagram e 2 milhões no Tik Tok.
"Da menor ginasta ao mais alto jogador de vôlei, do jogador de rúgbi ao arremessador de peso, ao velocista. Todos os tipos de corpo são lindos, podem fazer coisas incríveis. Imagine-se verdadeiramente refletido nesses atletas e você também pode fazer isso", disse Maher, em entrevista ao The Guardian.
Graças à sua popularidade nas redes, a atleta conseguiu acordos importantes com marcas como Secret, New Era e L'Oréal.
Ilona Maher também uniu forças com a ex-nadadora universitária Ann Ragan Kearns para lançar sua própria linha de produtos para a pele, a ‘Medalist’.
“Primeiro, foi uma forma de transmitir a minha mensagem, uma forma de dar a conhecer a minha equipe. Principalmente em Tóquio, funcionou para [incentivar] as pessoas a sintonizarem o nosso esporte, a vê-lo, tornou-se uma forma de construir uma marca", explicou ela ao The Guardian.
“Sou uma atleta feminina de um esporte que não é muito popular, principalmente nos Estados Unidos. Não é um esporte para ganhar dinheiro... Quero fazer do esporte uma carreira e não acho que muitas mulheres possam pensar isso caminho", acrescentou.
“É muito importante ter um perfil, e um perfil para o nosso esporte. (…) Trata-se de construir a marca. Somos jogadoras de rugby, não estamos conseguindo contratos milionários, não recebemos o dinheiro que deveríamos", afirmou a internacional norte-americana.
"É importante nos Estados Unidos, onde se dá tanta atenção a outros esportes. E acho que é só mostrar a personalidade que as mulheres têm. O jogo é muito forte, não só para os homens, mas também para as mulheres", concluiu. no The Guardian.
Nos Jogos de Paris 2024, ele publicou vídeos de todos os tipos – que têm entre 600 mil e 14 milhões de visualizações – incluindo um em que comparou a vila olímpica ao famoso programa de namoro televisivo ‘Love Island’; outro pedindo ao ex-jogador da NFL Jason Kelce lealdade ao rugby feminino, e outro em que apareceu com o famoso rapper Snoop Dog.
Mas, talvez, o vídeo mais notável – e em linha com o que costuma defender através das redes – foi feito durante a cerimônia de abertura deste evento olímpico, onde convidou os seus seguidores a ver “todos os tipos de corpo que apareceram com vontade”, quebrar estigmas e defender a "positividade corporal".