O massacre ocorrido nas Olimpíadas do México do qual poucos recordam

México 68: Olimpíadas memoráveis
Um triste evento
Um ataque brutal
Movimento estudantil de 1968
Os estudantes e os Jogos Olímpicos
Uma medida extrema
Um setor secreto do governo
Não houve gestos de protesto nos Jogos
“Nenhuma Olimpíada vale a vida de um estudante”
Protesto contra a discriminação racial
Punhos levantados durante o hino dos EUA
Um distintivo de direitos humanos
Solidariedade com o movimento pelos direitos civis dos EUA
O gesto resultou na expulsão dos atletas
Ícones do poder negro
Punho levantado contra a injustiça
Protesto pelo ocorrido em Tlatelolco
México 68: Olimpíadas memoráveis

Os Jogos Olímpicos de 1968, sediados na Cidade do México, foram marcados não apenas pelos eventos esportivos, mas também pelas questões sociais predominantes da época.

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Um triste evento
Apenas dez dias antes do início das competições, em 2 de outubro de 1968, ocorreu um terrível episódio em Tlatelolco.
(Na imagem, Enriqueta Basilio, a primeira mulher a correr com a tocha olímpica na história moderna)
Um ataque brutal

Durante um protesto estudantil, as autoridades mexicanas responderam com violência aos manifestantes, resultando em um trágico massacre. Segundo a BBC, a polícia mexicana da época já era conhecida por a b u s o s, mas a intensidade da agressão contra os estudantes foi considerada excessiva.

 

Movimento estudantil de 1968
Tal como em muitos outros países, formou-se no México um movimento estudantil para protestar contra um governo autoritário que reprimia a dissidência política.
Os estudantes e os Jogos Olímpicos
Os estudantes queriam aproveitar a celebração dos Jogos Olímpicos para que os seus protestos ultrapassassem fronteiras.
Uma medida extrema

Diante da iminência do evento, as autoridades mexicanas optaram por uma medida extrema, ordenando que o exército disparasse contra os estudantes, enquanto eles se manifestavam pacificamente na Plaza de las Tres Culturas, em Tlatelolco.

Um setor secreto do governo

Anos mais tarde, soube-se que, além do exército, o chamado “Batallón Olimpia”, um setor secreto do governo, estava envolvido. Devido à censura do governo, o número exato de vítimas é desconhecido. Estima-se que o número de mortos esteja entre 300 e 400, relatou El País.

Não houve gestos de protesto nos Jogos

Embora não tenha havido grandes gestos de protesto relacionados ao ocorrido em Tlatelolco, a escritora Elena Poniatowska afirmou em seu livro, ‘A Noite de Tlatelolco’, que um atleta italiano expressou grande descontentamento com o episódio.

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“Nenhuma Olimpíada vale a vida de um estudante”

No livro, Poniatowska cita o atleta, dizendo: “Se estão a matar estudantes para que haja Olimpíadas, seria melhor que não houvesse, pois nenhuma Olimpíada, nem todas juntas, vale a vida de um estudante".

Protesto contra a discriminação racial

Por outro lado, os Jogos Olímpicos do México 68 também foram palco de um protesto emblemático contra a discriminação racial.

Punhos levantados durante o hino dos EUA

Depois de conquistarem as medalhas de ouro e bronze na prova de 200 metros, Tommie Smith e John Carlos ergueram o punho, vestindo uma luva preta, enquanto tocava o hino nacional dos Estados Unidos.

Um distintivo de direitos humanos

Tanto eles como Peter Norman, o australiano que conquistou a medalha de prata e subiu ao pódio, ao lado de Smith e Carlos, usavam um distintivo que dizia “direitos humanos”.

(Na imagem, um graffiti do momento emblemático, em Melbourne, Austrália)

Solidariedade com o movimento pelos direitos civis dos EUA

O gesto foi visto como um ato de solidariedade ao movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos, bem como uma denúncia do racismo e da discriminação, em todo o mundo.

O gesto resultou na expulsão dos atletas

No entanto, a manifestação resultou na expulsão de Smith e Carlos da Vila Olímpica, o que provocou protestos de outros atletas, que também utilizaram boinas pretas no pódio, em solidariedade ao movimento Black Power.

Ícones do poder negro

Ambos os gestos tiveram um impacto duradouro. O ato de erguer o punho envolto em uma luva preta, assim como o uso da boina preta, tornaram-se um ícone cultural e político do movimento conhecido como "poder negro".

Punho levantado contra a injustiça

Além disso, o gesto do punho levantado foi imitado em muitas outras manifestações, contra a injustiça e a opressão.

Protesto pelo ocorrido em Tlatelolco

Para os mexicanos, o ano de 1968 ficará para sempre marcado pelo ocorrido em Tlatelolco. Na imagem, um protesto pelos 50 anos do evento Tlatelolco, em 2018.

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