O escândalo sexual que envolve equipe de hóquei do Canadá
Em 2018, na cidade de London, Ontário (Canadá), membros da equipe juvenil nacional de hóquei puderam estar envolvidos em um caso de e s t u p r o. Em 2024, as acusações vieram à tona, revelando tentativas de encobrimento institucional através de suborno.
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O incidente ocorreu após uma cerimônia da Fundação Hockey Canada, onde os atletas comemoravam sua vitória. Após uma noite de festa, eles levaram uma mulher que conheceram em um bar, e que cuja identidade permanece anônima, ao hotel em que estavam. Segundo o The Athletic, ela alega que até oito deles a agrediram s e x u a l m e n t e.
D acordo com os depoimentos coletados pelo The Athletic, os jogadores foram vistos "bebendo muito" naquela noite. Eram um grupo de jovens entre 18 e 20 anos que, no final da noite, perderam o controle.
Inicialmente, foi afirmado que oito jogadores estavam envolvidos na agressão, mas, até agora, apenas cinco foram acusados. Eles são: Carter Hart, Michael McLeod, Dillon Dube, Cal Foote (na foto) e Alex Formenton. Todos, exceto Formenton, jogam ou jogaram na NHL, a poderosa liga de hóquei do Canadá.
Segundo a agência de notícias Associated Press, no dia seguinte, o padrasto da denunciante entrou em contato com a polícia, que, imediatamente, procurou o Hockey Canada (a organização institucional do hóquei canadense). Ambas abriram investigações paralelas sobre o incidente.
Após oito meses, a polícia de London anunciou o encerramento de sua investigação sobre o incidente, alegando motivos insuficientes para acusar qualquer um dos suspeitos, conforme relatado pelo The Guardian, na época.
A Hockey Canada continuou sua investigação por mais tempo até suspendê-la em setembro de 2020.
Quase quatro anos após o incidente, a mulher iniciou ações legais contra a Hockey Canada, a Liga Canadense de Hóquei e os oito jogadores que considerava envolvidos.
En maio de 2022, a Hockey Canada acreditava haver resolvido o assunto fora dos tribunais, gastando uma grande quantia de dinheiro para evitar o processo. Muitas figuras proeminentes do esporte canadense afirmaram desconhecer esse incidente, até então, incluindo a ministra de Esportes, Pascale St-Onge.
No mesmo ano, ocorreram mudanças significativas dentro da Hockey Canada, que introduziu protocolos mais rígidos para combater a violência s e x u a l e proibiu o uso de dinheiro do Fundo Nacional de Equidade para evitar processos por acusações de e s t u p r o. Pagar pelo silêncio das vítimas era algo comum.
Foi também quando a Hockey Canada admitiu, perante um comitê parlamentar, que havia pago mais de 9 milhões de dólares canadenses a 21 denunciantes utilizando o Fundo Nacional de Equidade, conforme relatado pelo The Guardian.
Em julho de 2022, a polícia de London decidiu investigar o incidente novamente, após críticas públicas sobre sua investigação inicial. O chefe de polícia, Thai Truong (na foto), afirmou que novas evidências foram encontradas. Em dezembro do mesmo ano, a polícia de London concluiu que a mulher tinha sido agredida por cinco homens.
Quase 18 meses após a reabertura da investigação, em 31 de janeiro de 2024, foram formalmente apresentadas acusações de agressão s e x u a l contra Carter Hart (na foto), Michael McLeod, Dillon Dube, Cal Foote e Alex Formenton.
Em 5 de fevereiro de 2024, o chefe Thai Truong disse, em uma coletiva de imprensa: "Quero estender, em nome do serviço de polícia de London, minhas mais sinceras desculpas à vítima e sua família pelo tempo que levou para chegar a este ponto".
Conforme relatado pelo The Guardian,a próxima audiência será no dia 30 de abril de 2024. Enquanto isso, a controvérsia persiste. Marcas como a Nike decidiram interromper o patrocínio à Hockey Canada.
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