Vida e morte de Kelvin Kiptum, estrela do atletismo que começou a correr descalço

Novo recorde mundial
A estrela da maratona de Chicago
Ele quebrou o recorde da maratona de Kipchoge
Um marco em uma idade muito jovem
Prestes a passar menos de duas horas
Campeão em Valencia em 2022
Duas vitórias nas Grandes Maratonas
Em Londres superou tempo de Valencia
Em Chicago ele quebrou todas as barreiras
Kipchoge, seu ídolo de infância
O calçado da sorte
Os mesmos sapatos para duas lendas
Um corredor incomum
Sob a direção de Gervais Hakizimana
Quando criança corria atrás dos profissionais descalço
Primeiras vitórias em meias maratonas
Treinos muito exigentes
Queria ir às Olimpíadas de Paris 2024
Novo recorde mundial

O atleta queniano, Kelvin Kiptum, recordista mundial de maratona, faleceu no dia 11 de fevereiro de 2024, aos 24 anos, após sofrer um acidente de carro em Kaptagat, no Quênia.

A estrela da maratona de Chicago

O atleta viajava com mais duas pessoas, sendo uma delas o seu treinador, também falecido no acidente. Segundo a AFP, o relatório policial explica que Kiptum perdeu o controle do carro, que saiu da estrada até bater em uma árvore.

 

Ele quebrou o recorde da maratona de Kipchoge

Kelvin Kiptum tinha apenas 23 anos quando virou a sensação do atletismo mundial, em 2023, devido a seu desempenho espetacular na maratona de Chicago.

Um marco em uma idade muito jovem

Na ocasião, ele marcou 2h00min35seg. Assim, superou o recorde de seu colega Eliud Kipchoge, alcançado na Maratona de Berlim de 2022.

Prestes a passar menos de duas horas

Em Chigago, Kiptum impressionou a todos, não só pelo recorde em si, mas pelo quão perto esteve de ultrapassar a marca das duas horas num percurso que, no total, teve 42 quilômetros e 195 metros.

Campeão em Valencia em 2022

Kiptum começou a ficar conhecido no mundo do atletismo em 2022, quando conquistou a vitória na Maratona de Valencia (Espanha), com o tempo de 2h01min53s.

Duas vitórias nas Grandes Maratonas

Entre suas participações em 2023, destacaram-se suas duas vitórias nas Grandes Maratonas, competição internacional que reúne as seis maratonas mais importantes do mundo: Tóquio, Boston, Londres, Berlim, Chicago e Nova York.

Em Londres superou tempo de Valencia

A primeira destas vitórias foi conseguida na cidade britânica de Londres, onde terminou em primeiro lugar, com o tempo de 2h01min25s, superando o alcançado no ano anterior em Valencia.

Em Chicago ele quebrou todas as barreiras

Mas foi com sua segunda vitória, em Chicago, quando Kiptum fez história ao alcançar aquele recorde espetacular que o deixou a um triz de quebrar a barreira quase impossível de duas horas.

Kipchoge, seu ídolo de infância

“Quando eu era pequeno, assisti Kipchoge treinar e me disse: 'um dia serei como Eliud'. Ele foi um exemplo para nós. Eu sabia que, em algum momento, seria o mais rápido do mundo, embora admita que não pensei que seria desta vez”, disse Kiptum, após a corrida em Chicago.

O calçado da sorte

Curiosamente, Kiptum alcançou seu recorde utilizando o mesmo modelo de calçado que Kipchoge utilizou em sua última vitória na cidade de Berlim.

 

Os mesmos sapatos para duas lendas

Trata-se do NikeDev163, protótipo da marca americana homologado pela World Athletics.

Um corredor incomum

Kiptum foi, na verdade, um atleta inusitado. Tornou-se mestre do asfalto nas maratonas, quando o comum para esse tipo de atleta é, primeiro, largar na pista e, depois, passar a distâncias médias e logo às longas.

Sob a direção de Gervais Hakizimana

Kiptum vinha de uma pequena cidade do Quênia chamada Chepkorio, a cerca de 40 quilômetros da cidade de Eldoret, considerada “a meca do atletismo queniano”. Lá, ele foi treinado pelo ex-corredor ruandês Gervais Hakizimana.

Quando criança corria atrás dos profissionais descalço

Sobre seu discípulo, Hakizimana disse à agência francesa AFP: “Fazíamos sessões de montanha, na floresta perto de sua casa. Ele era pequeno, mas nos seguia, descalço, depois de cuidar das cabras e ovelhas.”

Primeiras vitórias em meias maratonas

Foi em 2016, aos 17 anos, que o atleta queniano começou a praticar atletismo de forma regular e mais profissional. Ele demonstrou, então, a qualidade que tinha nas pernas, ao vencer as meias maratonas de Copenhaga (Dinamarca) e Belfort (França).

Treinos muito exigentes

Estes resultados foram uma amostra do duro treino que Kiptum realizava, como comentou Hakizimana, viajando “em média 250 quilômetros por semana… ou às vezes mais de 300”.

Queria ir às Olimpíadas de Paris 2024

Com o recorde debaixo do braço, Kiptum esperava ir às Olimpíadas de Paris: “É o meu sonho, sempre tive uma grande aspiração de competir nas Olimpíadas e espero ter a oportunidade de representar meu país”. Infelizmente, o campeão morreu antes de realizar seu sonho.

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