Jogadores de futebol que expressaram publicamente sua posição política

Política e futebol
Mesut Ozil
Luís Figo
Eric Cantona
Paulo Dicanio
Diego Armando Maradona
Giorgos Katidis
Paulo Horvath
Christian Lucarelli
Paulo Breitner
Roberto Soldado
Isco Alarcón
Pep Guardiola
Xavi Hernández
Gerard Piqué
Christian Abbiati
Sócrates
Zozulia Romana
Asier Illarramendi
Pepe Reina
George Weah
Andrii Shevchenko
Gianni Rivera
Bebeto
Romário
Jordan Letchkov
Kakha Kaladze
Hakan Sukur
Cuauhtémoc Blanco
Pelé
Barragens de Oleguer
Marc Wilmots
Roman Pavlyuchenko
Neymar
Raí
Política e futebol

Os atletas não costumam se posicionar politicamente de forma pública. No entanto, há exceções e em todo o mundo. Veja na galeria!

Mesut Ozil

O alemão Mesut Özil, há algum tempo, apareceu em uma foto publicada no Instagram por seu treinador pessoal, Alper Aksaç, exibindo uma tatuagem com ideologia ultradireitista turca. Özil é um dos seguidores mais reconhecidos do presidente da Turquia, Erdogan, apoia os valores islâmicos e se posiciona contra os curdos.

Luís Figo

O português Luís Figo tornou-se um crítico dos partidos de esquerda na Espanha por meio de suas redes sociais e da mídia, posicionando-se a favor dos partidos dos direita espanhóis.

Eric Cantona

O ex-atacante do Manchester United sempre declarou sua inclinação à ideologia comunista, defende causas sociais e os menos privilegiados. Ele chegou a descrever as grandes democracias atuais como "ditaduras" que praticam "terrorismo econômico", em uma entrevista ao The Guardian.

Paulo Dicanio

O atacante italiano, hoje aposentado, deixou clara sua ideologia de extrema-direita no campo. Como? Celebrando gols com o braço erguido, em um gesto semelhante à saudação nazista. Em uma entrevista à agência Ansa em 2005, ele declarou: "Sou fascista, mas não racista. Faço a saudação romana para cumprimentar meus fãs e aqueles que compartilham minhas ideias". Entretanto, em 2013, assinou com o time inglês Sunderland, provavelmente para evitar controvérsias.

Diego Armando Maradona

O falecido atacante argentino, considerado por muitos como o melhor jogador de futebol de todos os tempos, tinha amizades e era um defensor frequente de políticos latino-americanos de esquerda como Fidel Castro, Hugo Chávez ou Nicolás Maduro. E sua tatuagem de Che Guevara também deixa pouco espaço para dúvidas sobre sua ideologia.

Giorgos Katidis

Outro jogador de futebol que se revelou com uma ideologia de extrema-direita foi o meio-campista grego Giorgos Katidis, que, em um jogo da Superliga Grega, fez a saudação fascista após marcar um gol. Após a enorme controvérsia que surgiu, ele tentou minimizar a situação, dizendo que não conhecia seu significado e que não era fascista, mas foi banido do futebol para o resto da vida devido a isso.

Paulo Horvath

Outro exemplo similar ao de Katidis ou Di Canio foi o do checo Pavel Horvath, que também dedicou em 2007 a saudação fascista aos torcedores de sua equipe, o Sparta de Praga, quando celebravam efusivamente entre gritos racistas a vitória por 4-0 sobre o Viktoria Zizkov. Isso custou-lhe uma multa significativa de mais de 7.000 euros.

Christian Lucarelli

Nascido em Livorno, berço do Partido Comunista Italiano, o ex-atacante que jogou no Napoli, Valencia, Parma e Atalanta, entre outros, nunca escondeu sua ideologia. No Livorno, ele usava o número 99, em referência ao ano em que foi fundado o grupo de extrema esquerda Brigadas Autônomas de Livorno; e, pela seleção italiana em 1997, comemorou um gol mostrando uma camiseta com a imagem de Che Guevara.

Paulo Breitner

O defensor alemão Paul Breitner, que jogou no Real Madrid e Bayern de Munique, mostrou-se como um reconhecido maoísta, uma ideologia derivada do comunismo. Ele sempre foi muito ativo em opinar sobre política e questões sociais, e não participou da Copa do Mundo de 1978 com sua seleção, devido à ditadura de direita de Videla, na Argentina, naquela época.

Roberto Soldado

Outro jogador de futebol que tem mostrado sem reservas sua ideologia de direita é o espanhol Roberto Soldado (ex-Real Madrid, Tottenham, Granada, Levante, entre outros). Ele sempre foi muito crítico ao governo socialista e a outros partidos de esquerda na Espanha. As redes sociais são uma das suas principais ferramentas para ele discutir política com qualquer um que se apresente.

Isco Alarcón

O ex-jogador do Real Madrid insinuou sua ideologia de esquerda quando, durante as restrições da covid-19, curtiu uma postagem nas redes sociais do rapper Rayden na qual uma camiseta com a mensagem "All Cayetanos are Bastard" (todos os Cayetanos são bastardos) era mostrada. Para evitar confusões, ele disse depois "eu não sou verde, nem vermelho, nem laranja, nem azul...", mas...

Pep Guardiola

São muitos os jogadores de futebol e ex-jogadores catalães que defendem a independência da Catalunha da Espanha. E, provavelmente, o mais midiático de todos é o ex-jogador e agora treinador Pep Guardiola. "Eles me convocavam (para a seleção espanhola) e eu tinha que ir, mas não se pode renegar o que se sente, o que se ama, e eu me sinto muito ligado ao meu país: Catalunha", disse em 2005.

Xavi Hernández

Outro ex-jogador do Barcelona, o catalão Xavi Hernández gritou "Viva España!" durante a celebração da Copa do Mundo de 2010. No entanto, uma vez fora dos campos, ele deixou mais clara sua ideologia independentista. "Qatar não é uma democracia, mas funciona melhor do que a Espanha", chegou a dizer em 2019.

Gerard Piqué

O já ex-defensor catalão do Barcelona e Manchester United nunca se declarou abertamente independentista, mas quando estava em debate na Espanha se, em 2019, na Catalunha, deveria ocorrer um referendo de autodeterminação, ele disse à mídia que sempre apoiou firmemente o direito de decidir.

Christian Abbiati

O lendário goleiro do Milan, o italiano Christian Abbiati, afirmou em uma entrevista à La Gazzetta dello Sport em 2008: "Sou um homem de direita e votei na direita nas eleições". O italiano se declarou eleitor do partido de extrema direita La destra. "Faço meus certos valores: a pátria, a ordem social e o respeito à religião católica", disse na época.

Sócrates

O que foi um dos ícones do futebol brasileiro nos anos 1970 e 1980, jogador de equipes como Fiorentina, Corinthians, Santos e Flamengo, sempre se destacou por sua ideologia socialista e seu compromisso social, ao ponto de ter sido militante no Partido dos Trabalhadores do Brasil. Ele mencionou Che Guevara como uma de suas influências e nomeou um de seus filhos de Fidel em homenagem a Castro.

Zozulia Romana

A chegada do ucraniano Roman Zozulya à La Liga espanhola não ocorreu sem polêmica. O atacante sempre demonstrou admiração por figuras proeminentes da extrema-direita na Ucrânia e foi fotografado usando camisetas com um símbolo semelhante ao do Pravy Sector, um partido com essa tendência ideológica. Sua contratação pelo Rayo Vallecano, que tem torcedores do espectro político oposto, gerou grande controvérsia e, no final, não foi concretizada.

Asier Illarramendi

O meio-campista basco, que jogou no Real Madrid e na Real Sociedad, assinou, em 2019, um manifesto pedindo a libertação daqueles que ele considerava como "presos políticos" catalães após a tentativa de secessão da Espanha na Catalunha. Uma posição também adotada por outros jogadores de futebol do País Basco, como Mikel San José, do Athletic Bilbao.

Pepe Reina

O goleiro internacional espanhol sempre deixou claro por meio das redes sociais, especialmente no Twitter, sua ideologia muito próxima à do partido Vox, de extrema direita, a quem ele demonstrou apoio em manifestações e ao líder do partido em debates eleitorais.

George Weah

Outros deram um passo adiante e transformaram a política em sua profissão, como é o caso do liberiano George Weah, lenda do Milan, que, em 2015, iniciou sua carreira como senador e se tornou o 25º presidente da República da Libéria em janeiro de 2018.

 

Andrii Shevchenko

Também uma lenda do Milan, embora neste caso ucraniano, é Andriy Shevchenko, que, após se aposentar em 2012, além de se tornar treinador, não hesitou em se envolver no mundo da política. No mesmo ano, ele se candidatou como deputado pelo partido conservador Ucrânia Adiante, embora não tenha conseguido entrar no Parlamento.

Gianni Rivera

O lendário jogador de futebol do Milan e da seleção italiana dos anos 1960, o primeiro italiano a ganhar a Bola de Ouro, foi eleito deputado pela primeira vez em 1987 e teve uma longa carreira em diferentes formações políticas, chegando a ser vice-secretário de Defesa com o presidente Romano Prodi.

Bebeto

Um dos atacantes brasileiros mais elegantes e uma lenda dos anos 1990, Bebeto, foi eleito deputado no Brasil em 2010 pelo estado do Rio de Janeiro, pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), um partido brasileiro de ideologia socialdemocrata. Ele foi reeleito em 2014 devido ao seu bom trabalho em áreas como esporte e educação.

Romário

Outro brasileiro, também atacante e outro dos ícones do futebol dos anos 1990, Romário também entrou na política. No seu caso, ele afiliou-se ao PSB (Partido Socialista Brasileiro) e, como Bebeto, iniciou sua carreira política como deputado em 2010, passando a senador em 2014. Romário mudou de partidos ao longo do tempo, passando pelo Podemos e pelo Partido Liberal.

Jordan Letchkov

E da Bulgária, onde aquele formidável atacante calvo que desempenhou um papel importante nos melhores momentos da seleção búlgara nos anos 90, se candidatou a prefeito de sua cidade, Sliven, após sua aposentadoria em 2003. Não está claro se ele fez isso por ideologia ou por outra razão, pois sua carreira política terminou em 2011, condenado a 3 anos de prisão por malversação de fundos e abuso de poder.

Kakha Kaladze

Um referente para o futebol do seu país, a Geórgia, que não produziu muitas estrelas neste esporte, também foi destaque no Milan nos anos 2000, conquistando duas Ligas dos Campeões em 2012. Além disso, ele liderou o partido de centro-esquerda Sonho Georgiano - Georgia Democrática em 2012, ganhando as eleições e tornando-se vice-primeiro-ministro. Em 2017, ele entrou na política local como prefeito de Tbilisi, a capital do país.

Hakan Sukur

Um dos melhores atacantes da história da Turquia encerrou sua carreira, em 2008, enquanto jogava pelo Galatasaray. Apenas três anos depois, foi nomeado parlamentar pelo Partido da Justiça e Desenvolvimento do presidente turco Recep Tayyip Erdoğan, que tem uma ideologia islâmico-democrata, é de direita e inclui facções de extrema-direita. No entanto, ele renunciou em 2013, devido a escândalos de corrupção.

Cuauhtémoc Blanco

O ex-atacante mexicano encerrou sua carreira no futebol no América em 2016, o mesmo ano em que iniciou sua carreira política com o Partido Social-Democrata de Morelos. Tornou-se prefeito de Cuernavaca até 2018, quando se tornou governador de Morelos. Desde 2017, ele passou por outros dois partidos, ambos de esquerda, o Partido Encuentro Social e o Movimento Regeneração Nacional.

Pelé

O próprio Pelé deixou claro sua orientação política ao se tornar Ministro dos Esportes no governo de Fernando Henrique Cardoso, entre 1994 e 1998, pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), um partido originalmente de centro-esquerda que naquela época se aliou com a direita para governar.

Barragens de Oleguer

Na Espanha, temos outro claro exemplo de um jogador de futebol com uma ideologia independentista catalã. Trata-se de Oleguer Presas, que, além de recusar a convocação para a seleção espanhola de futebol quando era jogador, em 2012 e 2015, apresentou-se a duas eleições por dois partidos independentistas, a CUP e Crida per Sabadell.

Marc Wilmots

O ex-jogador de futebol - um dos melhores meio-campistas da Bélgica nos anos 1990 - e agora treinador teve uma breve incursão na política de seu país após sua aposentadoria como jogador em 2003. Ele o fez com o Movimento Reformador, um partido liberal e democrata-cristão, pelo qual se tornou senador nacional, embora por apenas dois anos, até 2005.

Roman Pavlyuchenko

Em 2014, com apenas 26 anos e sendo jogador do Tottenham inglês, Roman Pavlyuchenko foi eleito deputado da Duma da cidade russa de Stávropol, sua cidade natal, pelo partido de Vladimir Putin, Rússia Unida, uma formação nacionalista e de direita.

Neymar

Três dias antes das eleições presidenciais no Brasil, em 2022, o brasileiro Neymar publicou um vídeo no TikTok, dançando uma música de campanha de Jair Bolsonaro.

Raí

Durante uma homenagem ao jogador Sócrates, na cerimônia da Bola de Ouro de 2022, seu irmão, o inesquecível jogador Raí, fez a letra L com a mão, em claro gesto de apoio ao então candidato a presidente do Brasil, Lula. Ele discursava sobre a importância de valorizar a democracia, para criar um mundo melhor.

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