A triste notícia sobre o atleta Thiago Braz, um dos favoritos ao pódio de Paris

Um dos principais atletas de salto com vara da atualidade, o brasileiro Thiago Braz foi suspenso por doping e não poderá participar das Olimpíadas de Paris 2024.

A World Athletics, entidade que regula o atletismo mundial, comunicou a punição, no último dia 28 de maio. Thiago Braz está oficialmente suspenso por 16 meses.

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A entidade confirmou a determinação da Unidade de Integridade do Atletismo (AIU), de que o atleta v i o l o u as regras de antidoping.

O atleta de 30 anos estava suspenso provisoriamente, desde julho de 2023, pois seu exame acusou a presença da substância ostarina, usada para aumentar a massa muscular, relatou a CNN.

Assim, Thiago só poderá retornar às competições em novembro de 2024, três meses após os Jogos Olímpicos de Paris.

A notícia frustrou o sonho de atleta de salto com vara, que era um dos favoritos aos pódio. Em 2016, nas Olimpíadas do Rio, Thiago Braz com, então, 22 anos, levou a medalha de ouro e estabeleceu o recorde olímpico, saltando 6,03 metros.

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Mas para chegar a ser um atleta de ponta, Thiago teve que superar desafios significativos, desde muito cedo. Ele nasceu na cidade de Marília, interior do estado de São Paulo, e, aos dois anos de idade, foi abandonado pelos pais.

Ele foi criado pelos avós paternos, Maria do Carmo e Orlando Braz, e recebeu muita ajuda do tio, Fabiano Braz, ex-atleta. "Meus pais brigavam muito, não sei direito a história completa. Eram muito jovens", lembrou Thiago, citado pela ESPN.

Foto: Unsplash - Kelly Sikkema

"Mas a minha avó abraçou-me e ensinou-me a perdoá-los. São seres humanos e merecem o meu perdão. Já os perdoei, a gente tem contato, sei onde moram para que eu possa ajudá-los", acrescentou o atleta.

Foto: Unsplash - Freestocks

Foi com a ajuda de seus avós e seu tio que Thiago seguiu atrás de seus sonhos. Sentiu-se atraído pelo esporte, ainda muito jovem, e foi incentivado pelo tio a trilhar o caminho do atletismo.

Foto: Unsplash - Frans Vledder

Assim, aos 14 anos, Thiago iniciou sua trajetória no salto com vara, competindo pelo Clube de Bancários de Marília.

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Mais tarde, mudou-se para Bragança Paulista e, em questão de meses, conquistou títulos nos campeonatos juvenis estaduais e nacionais.

Cada vez mais motivado, Thiago garantiu a medalha de bronze no Campeonato Sul-Americano Juvenil, em sua estreia internacional, em 2009.

Logo depois, também consagrou-se campeão brasileiro juvenil e, posteriormente, ingressou no Clube de Atletismo BMF&BOVESPA, para dar continuidade à sua carreira.

Em 2013, Thiago Braz saltou 5,82m, garantindo a medalha de ouro no Meeting de Leverkusen, na Alemanha, ao superar o campeão mundial Raphael Holzdeppe.

Em fevereiro de 2016, no torneio indoor Istaf em Berlim, outra vitória notável, ao derrotar o campeão olímpico e recordista mundial Renaud Lavillenie, estabelecendo um novo recorde brasileiro e sul-americano, com 5,93 metros.

Depois do ouro no Rio 2016, conseguiu o bronze no Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

É comum observar pessoas muito bem-sucedidas, cujas histórias de vida não foram nada fáceis. Mas como estas pessoas conseguem reverter situações tão desfavoráveis?

Foto: Unsplash - Steve Lieman

A psicóloga do Comitê Olímpico Brasileiro, Alessandra Dutra, explicou que os atletas de sucesso possuem uma capacidade singular de lidar com adversidades, usando-as como motor para seguir adiante, de forma extremamente eficaz, publicou a revista Veja.

Agora, Thiago precisará de muita força e perseverança para continuar com sua carreira. O advogado do atleta, Marcelo Franklin, já entrou com um recurso na Corte Arbitral do Esporte, relatou o Globo.

Franklin explicou, ao Globo: "Estabelecemos que o Thiago não teve culpa, foi uma vítima da contaminação cruzada. Apelamos para a Corte Arbitral do Esporte porque ainda consideramos 16 meses desproporcional. A situação é de otimismo".

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