Conheça a trajetória da seleção do Marrocos, revelação no Qatar!
A seleção do Marrocos conseguiu um feito incrível nas quartas de final da Copa do Mundo 2022, ao eliminar a experiente seleção de Portugal e campeã europeia em 2016. Os Leões do Atlas venceram o jogo por 1 a 0 com gol de Youssef En-Nesyri.
Ao vencer os colegas de Cristiano Ronaldo, os marroquinos escreveram uma página na história do futebol, ao virarem a primeira seleção do continente africano a chegar às semi-finais da mais prestigiada competição internacional. Todas as outras equipes africanas haviam ido embora, na melhor das hipóteses, nas quartas, até agora.
Em 1990, os Leões Indomáveis quebraram um recorde, na época, ao ser o primeiro time africano presente no top 8 do mundial. Venceram a Argentina de Maradona na primeira fase e eliminaram a Colômbia nas oitavas de final, antes de perder para a Inglaterra na fase seguinte.
Doze anos depois, o Senegal causou sensação ao derrotar a atual campeã mundial, a França, na partida de abertura! Os Leões de Terenga sairam da fase de grupos e venceram a Suécia nas oitavas de final. Mas o próximo passo foi longo demais.
Na primeira Copa do Mundo realizada em um país africano, em 2010, Gana jogou as quartas de final contra o Uruguai e teria feito o gol da vitória se Luis Suarez não tivesse impedido que a bola fosse para o fundo da rede. Os sul-americanos finalmente venceram nos pênaltis.
Mas voltando para a seleção do Marrocos... os Leões do Atlas nunca haviam passado da primeira fase. E antes de 2022, ficaram 20 anos sem participar da Copa do Mundo, entre 1998 e 2018.
Mas o técnico francês Hervé Renard, bicampeão do Campeonato Africano das Nações (CAN) com Zâmbia e Costa do Marfim, colocou a seleção marroquina de volta nos trilhos ao se classificar para a Copa do Mundo da Rússia e chegar às quartas de final da do Qatar.
É preciso dizer que o Marrocos pode contar com muitos talentos individuais, como o meio-campista do Chelsea, Hakim Ziyech (na foto), o lateral do PSG, Achraf Hakimi, e o extremo do Marselha, Amine Harit.
O desempenho do Marrocos foi surpreendente, dado que fazia parte de um grupo da morte na fase de grupos, com Croácia, Bélgica (finalistas e semifinalistas da última Copa do Mundo, respectivamente) e um Canadá que conta com vários jogadores de alto nível.
No primeiro jogo, os homens de Walid Regragui tinham conseguido um bom empate (0-0) frente à favorita Croácia. O resultado permitiu continuar a esperar pelo apuramento da fase seguinte.
Mas foi no segundo jogo, contra a Bélgica, que os marroquinos mostraram todo o seu talento. Embora os Red Devils contassem com uma geração de ouro de jogadores, os companheiros de Ziyech os venceram por 2 a 0, sem tremer, garantindo assim o segundo lugar do grupo F e uma séria opção de qualificação.
Foi contra canadenses mais inócuos que o Marrocos sofreu seu único gol na Copa do Mundo, naquela fase. Um fato anedótico já que, embora o placar tenha sido de 2 a 1, o time ainda terminou na liderança do seu grupo, com 7 pontos, após o empate entre Croácia e Bélgica.
Os Leões do Atlas jogaram, então, contra a Espanha, segunda colocada do grupo E, à frente do Japão. O resultado foi um empate difícil contra La Roja, determinada a voltar à vanguarda do futebol de seleção.
Os dois tempos e a prorrogação transcorreram sem que nenhuma das equipes marcasse um único gol. Depois de uma épica disputa de pênaltis, na qual o goleiro Yassine Bounou brilhou, o Marrocos se classificou para as quartas de final (3 a 0).
Depois, contra Portugal, a seleção marroquina provou, mais uma vez, que é a revelação desta Copa do Mundo. Entre solidez defensiva e criatividade ofensiva, tem mostrado que pode dominar as grandes nações do futebol mundial.
Nas semi-finais, os marroquinos vão enfrentar os franceses que venceram a Inglaterra nas quartas-de-final. Um adversário formidável pela força de ataque, e um novo desafio rumo a uma possível final. Mas o Marrocos parece não ter medo de adversário nenhum!