O que faz hoje Freddy Adu, após auge no futebol dos anos 2000?
Por muitos anos, os Estados Unidos buscaram uma estrela transcendente no futebol. Encontraram Freddy Adu, que foi considerado a grande promessa dos anos 2000, sendo ainda um adolescente.
Meios de comunicação como o US Sun e The Guardian, o chamaram de "o próximo Pelé". Adu até apareceu em um comercial com a lenda brasileira, que elogiou seu talento: "Se você é bom, você é bom. Deus deu a Freddy o dom de jogar futebol".
Fredua Koranteng Adu nasceu em 2 de junho de 1989, em Tema, Gana. De acordo com Vice, sua família ganhou o green card na loteria de Gana e mudou-se para os Estados Unidos, quando Freddy tinha apenas oito anos.
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“O que vi foi muito além da realidade”, disse Arnold Tarzy, técnico de um time de futebol juvenil de Maryland, em 1998. Ele referia-se às proezas de Adu em campo e de como sua habilidade estava muito acima da média.
Então, começaram a surgir rumores sobre a idade real de Adu, já que ele dominava as partidas de futebol. De acordo com um amigo de infância, Nicholas Scrivens, Freddy ficou abalado com a incredulidade das pessoas: “Todo mundo diz que não tenho a idade que tenho, que pareço ter 20 anos. Só porque sou negro e africano, acham que estou mentindo”.
À medida que ele se tornava mais popular nos Estados Unidos, aumentaram as especulações sobre sua história. Em 2010, o San Diego Union Tribune escreveu que talvez fosse prudente examinar a certidão de nascimento do astro do futebol.
Enquanto o mistério persistia, os clubes da Major League Soccer estavam ansiosos para levar o fenômeno para suas instalações. Em 2004, aos 14 anos, Adu foi chamado para jogar no DC United, tornando-se o atleta mais jovem a assinar um contrato profissional, na época.
De acordo com o FB Reference, Adu passou três anos no clube, com 11 gols e 11 assistências. A equipe foi muito bem-sucedida, vencendo a Copa MLS, em 2004.
Havia a expectativa de que Adu fizesse parte da seleção dos Estados Unidos, na Copa do Mundo de 2006. No entanto, o jogador Jimmy Conrad disse, em um podcast da CBS, que embora Adu tivesse sido convocado, o técnico Bruce Arena não quis que ele fizesse parte da equipe.
“Adu pensou que, por ter sido chamado, não precisava merecer. E Bruce Arena tomou a decisão de que essa não era a atitude que precisávamos”, acrescentou Jimmy Conrad.
Em um podcast da CBS Sports, em 2023, Adu confirmou o que Conrad disse: "Eu estava feliz e curtia a vida, em vez de me concentrar em pequenas coisas, como descansar, fazer dieta e cuidar do corpo". Adu fez referência a ir a bares com amigos mais velhos, em College Park, Maryland, no início da entrevista.
Apesar de estrelar a versão sub-20 do torneio, Adu não se classificou para a Copa do Mundo. O astro disse à CBS Sports: “Havia alguns jogadores que não eram tão talentosos, mas trabalharam muito e tiveram mais sucesso”.
Depois de passar pelo DC United, onde ficou até os 16 anos, Adu jogou em vários clubes, ao redor do mundo. Atuou no Benfica e no Belenenses (Portugal), no Monaco (França), no Aris (Grécia) e no KuPS (Finlândia). Ele também jogou pelo Philadelphia Union, nos Estados Unidos, bem como por outros clubes americanos, fora da MLS.
Em meados dos anos 2000, Sir Alex Ferguson, do Manchester United, interessou-se por Adu, e convidou-o para fazer um teste. De acordo com o US Sun, Ferguson disse, na época: “Ele voltará para os EUA e iremos controlá-lo. Quando ele tiver 18 anos, vamos avaliar o que fazer.”
O ex-técnico do time sub-20 dos EUA, Thomas Rongen, achou que Adu deveria ter permanecido nos Estados Unidos, mesmo depois de ter saído do DC United: “Eu sabia que o Benfica era um passo muito grande para um jogador tão jovem. Ele foi emprestado seis vezes em um período de quatro anos”, disse, ao The Guardian.
Santino Quaranta foi outro jovem jogador do DC United, que atuou em meados dos anos 2000. Ele disse, em entrevista ao The Guardian, que tinha jogadores mais velhos para auxiliá-lo na transição profissional, mas que Adu não teve a mesma sorte.
De acordo com a Goal, Adu não atua mais como jogador de futebol. Em vez disso, ele direcionou seus esforços para treinar crianças, auxiliando-as a lidar com os possíveis desafios no mundo do esporte e dos negócios esportivos.
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