A regra que pode levar atletas paralímpicos a serem banidos de Paris 2024
As Paralimpíadas de 2024 começam no dia 28 de agosto e os atletas paralímpicos preparam-se para performar no maior palco esportivo do mundo.
No entanto, antes de competir em Paris, eles precisam estar atentos a uma regra extremamente rígida.
Nos últimos anos, muitos atletas tatuaram os anéis olímpicos em homenagem à competição mais importante de suas vidas.
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O problema é que se não cobrirem suas tatuagens durante os jogos, podem ser desclassificados.
A regra é aplicada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, na sigla em inglês), uma entidade completamente separada do Comitê Olímpico Internacional.
O nadador britânico Josef Craig, medalhista de ouro nos 400 metros livre na categoria S7 nas Olimpíadas de 2012, teve um aprendizado duro sobre o novo regulamento pouco antes dos Jogos do Rio 2016.
Enquanto participava do Campeonato Europeu de Natação do Comitê Paralímpico Internacional, Craig foi desclassificado apesar de vencer sua bateria na final dos 100m livre, na categoria S8.
Na ocasião, o campeão paralímpico entrou na piscina com os anéis olímpicos e o símbolo da equipe da Grã-Bretanha visíveis em seu corpo.
Em seguida, o Comitê declarou: "Publicidade corporal não é permitida de forma alguma, o que inclui os anéis olímpicos. O atleta não utilizou uma cobertura e, por isso, foi desclassificado."
Com suas tatuagens devidamente cobertas, Craig conquistou a medalha de bronze nos 100 metros livre na categoria S8 no Rio. Apesar da controvérsia em torno da regra, espera-se que o IPC continue a aplicá-la nos próximos Jogos Paralímpicos em Paris.
O rei australiano do estilo livre, Kyle Chalmers, conseguiu pular dos blocos exibindo abertamente seus anéis olímpicos durante os Jogos de Paris, graças às diferenças nas regras entre o COI e o IPC.
Tatuagens, incluindo as dos anéis olímpicos, geralmente são permitidas em exibição nos Jogos Olímpicos, desde que não promovam produtos.
O corredor americano de meia distância Nick Symmonds teria sido obrigado a cobrir sua tatuagem nos Jogos do Rio em 2016, caso não tivesse se lesionado.
Segundo o site Nine, Symmonds vendeu 23 cm de seu braço por 21 mil dólares para a T-Mobile, nos Estados Unidos. A empresa era concorrente da AT&T, que, na época, patrocinava as equipes olímpicas e paralímpicas dos EUA.
As Paralimpíadas e as Olimpíadas têm logotipos distintos. Como os anéis olímpicos representam outra organização, o IPC os classifica como uma forma de propaganda, proibindo, portanto, a exibição dos anéis durante as Paralimpíadas.
Agora, resta aos atletas paralímpicos cobrir quaisquer tatuagens que se refiram a produtos, ornanizações ou empresas, garantindo, assim, sua plena participação na competição.
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