A polêmica regra nas Olimpíadas 2024 que fez atletas perderem de propósito
As Olimpíadas oferecem o maior palco do atletismo, uma oportunidade única para demonstrar quem é o melhor do mundo. No entanto, este ano, a situação pode não ser tão definitiva quanto se imagina.
Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 marcam a introdução da rodada de repescagem, promovida pela World Athletics, que permite que os atletas que ficaram por último nas eliminatórias tenham uma segunda chance de classificação para a final.
Vimos isso com a corredora australiana Michelle Jenneke, que teve uma corrida problemática ao tropeçar em dois obstáculos, terminando distante do grupo. No entanto, como ela completou a prova, garantiu uma oportunidade de redenção na repescagem.
Embora haja debate sobre a possibilidade de uma segunda chance, como no caso de Jenneke, a situação de Freddie Crittenden foi mais controversa. O atleta americano perdeu sua bateria intencionalmente no domingo para garantir sua participação na rodada de repescagem.
Nesta rodada, Freddie Crittenden, que chegou a Paris como favorito nas barreiras, enfrentou um grupo mais fraco para tentar sua qualificação para as finais. Ele venceu a corrida de repescagem com um tempo de 13,42.
Crittenden sofria com uma leve lesão na perna, então, como havia a repescagem, optou por não se esforçar na prova do domingo, evitando o risco de agravar sua lesão.
"Era ficar entre os três primeiros ou todos passariam para a repescagem. Todo atleta tem uma chance de correr na repescagem", disse ele após a corrida, conforme relatado pelo Independent.
E continuou: "Decidi não fazer uma escolha emocional, fiz uma escolha inteligente. Dar tempo ao meu corpo para se recuperar um pouco da lesão. Confiar nos meus médicos. Confiar em Deus. E apenas esperar pela rodada de repescagem."
A rodada de repescagem serve como uma espécie de espaço para os "melhores entre os eliminados". Geralmente, não se espera que os atletas que passam por essa fase desafiem a disputa pelo ouro. No entanto, a tática de Crittenden pode mudar essa dinâmica.
Sua tática dividiu fãs e especialistas. A NBC Sports rotulou isso como um " movimento de QI 200", enquanto fãs nas redes sociais o criticaram por ir contra o espírito olímpico.
Crittenden terminou em segundo lugar na semifinal, com um tempo de 13,23, apenas atrás de Rasheed Broadbell, que marcou 13,21. Já na final, mesmo tendo terminado em sexto lugar, com um tempo de 13,32, levantou dúvidas sobre se a nova regra deve ou não permanecer.
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