Por que 600 soldados russos na Ucrânia rebelaram-se?

Russos que se negam a lutar
Uma declaração do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia
Sem medo
Bucha de canhão
Motins
Rastreando descontentamento no exército da Rússia
Motins são uma ocorrência regular
Apelos públicos, deserção e espancamento de comandantes
Evidências
Vídeo revelador
Abandono
“Vivemos em condições animais por uma semana”
Gastos
Dinheiro é o problema
Salários atrasados
Promessa sem cumprir
Por que lutar?
A primeira mobilização da Rússia
Uma segunda mobilização vai piorar as coisas?
Russos que se negam a lutar

Cerca de 600 soldados russos enviados à região de Luhansk, na Ucrânia, recusaram-se a lutar na linha de frente da guerra.

Uma declaração do Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia

Eles foram devolvidos à Rússia, de acordo com um relatório do Estado-Maior das Forças Armadas do país invadido.

Sem medo

A notícia vem logo após relatos de que os soldados russos mobilizados desafiam cada vez mais sua permanência na guerra da Ucrânia.

Bucha de canhão

“A maioria dos russos mobilizados entende que sua função na Ucrânia é virar bucha de canhão”, diz o Charter 97, um site de notícias bielorrusso pró-direitos humanos.

Motins

“Eles organizam tumultos e tentam voltar para casa, com todas as forças, depois de alguns dias no front”, acrescentou o meio.

Rastreando descontentamento no exército da Rússia

O Charter 97 acompanha o descontentamento entre os soldados da Rússia desde que o início de outubro de 2022.

Motins são uma ocorrência regular

E continua: “Os distúrbios dos mobilizados se tornaram uma ocorrência regular no exército russo”.

Apelos públicos, deserção e espancamento de comandantes

O que o site revela é chocante: “Os russos, despreparados para a guerra, estão a ser enviados para os pontos mais quentes do front, e eles escrevem apelos públicos, desertam, espancam e até matam seus comandantes”.

Evidências

Há alguma evidência de que as alegações do Charter 97 são verdadeiras. Em dezembro, um sargento russo, embriagado, espancou seu comandante até a morte, em um trem militar, de acordo com o Tribunal Militar da Guarnição de Magnitogorsk.

Vídeo revelador

Em outubro de 2023, um grupo de 500 soldados criticou, publicamente, Putin e o exército russo, em um vídeo que viralizou na internet.

Abandono

Eles falavam das condições desumanas que enfrentaram, depois que foram deixados em Belgorod, sem ordens ou suprimentos adequados.

“Vivemos em condições animais por uma semana”

“Ninguém precisa de nós. Vivemos em condições animais por uma semana”, diz uma voz atrás da câmera, de acordo com uma tradução do The Moscow Times.

Gastos

“Gastamos uma quantia absurda de dinheiro só para nos alimentar, sem falar em munição”, continuou o soldado desconhecido.

Dinheiro é o problema

O dinheiro parece ser um dos principais pontos de discórdia dos soldados russos, de acordo com o Charter 97. Vários grupos rebelam-se por falta de pagamento.

Salários atrasados

Em novembro, um grupo de 100 soldados russos, na Chuvashia, reivindicaram seus salários atrasados, de acordo com a Radio Free Europe.

Promessa sem cumprir

"Nosso Estado se recusa a nos pagar 195.000 rublos (US$ 3.150 por mês) prometidos por nosso presidente Vladimir Vladimirovich Putin!" diz um soldado em um vídeo.

Por que lutar?

"Por que deveríamos, então, lutar pelo Estado, deixando nossas famílias sem nenhum sustento?" continua o homem.

A primeira mobilização da Rússia

Em setembro de 2022, a Rússia mobilizou cerca de 300 mil novos soldados para reforçar suas tropas, antes de embarcar no que muitos esperam ser uma sangrenta ofensiva de primavera. 

Uma segunda mobilização vai piorar as coisas?

Rumores sobre uma segunda mobilização russa têm circulado desde antes do Ano Novo e é possível que o descontentamento entre os militares russos fique ainda mais volátil.

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