O país que mais tem ajudado a Rússia

Um país fundamental para a Rússia
Mas a chave é o Cazaquistão
Isolar Putin econômica e comercialmente: uma tarefa quase impossível
Boas relações
Drones e microtecnologia
Dados oficiais
As estatísticas não mentem
Dobrando as importações
De US$ 245.000 a US$ 18 milhões
O grande salto dos drones
Um salto qualitativo (e suspeito)
Aspan Arba
Drones para Putin
Ilyá Goldberg e Mikhail Sapózhnikovc
A UE está a observar de perto
Mais controle cazaque
Controlando as empresas
Um país fundamental para a Rússia

Essa paisagem urbana pertence a Astana, a capital de uma ex-república soviética que, talvez, seja a nação que mais tem ajudado a Rússia, em sua guerra contra a Ucrânia.

Mas a chave é o Cazaquistão

Trata-se do Cazaquistão. Na foto, o presidente cazaque, Jomart Tokaev. Mas como um país tão pequena tornou-se imprescindível para Putin?

Isolar Putin econômica e comercialmente: uma tarefa quase impossível

Depois de mais de um ano de conflito, parece claro que o isolamento econômico e comercial da Rússia, almejado pelas nações ocidentais, não foi tão drástico.

Boas relações

As relações de Moscou com a China, o Quirguistão e a Belarus, por exemplo, continuam boas e os laços comerciais com outros países, como a Índia e várias nações latino-americanas e africanas, também não foram rompidos.

Drones e microtecnologia

Neste contexto, uma investigação realizada pelo Der Spiegel'y Vazhniye Istorii sugere que o Cazaquistão teria ajudado Moscou a obter drones e microtecnologia do mercado ocidental.

Dados oficiais

O veículo recorreu a documentos do Escritório Nacional de Estatística do Cazaquistão, que mostram dados surpreendentes.

As estatísticas não mentem

"As estatísticas mostram que o Cazaquistão ajuda a Rússia a escapar das sanções", diz a investigação.

Dobrando as importações

“Em 2021, Astana importou microchips no valor de 35 milhões de dólares (em linha com os anos anteriores), enquanto, em 2022, o valor subiu para 75 milhões”, aponta.

De US$ 245.000 a US$ 18 milhões

Com relação às exportações, segundo o Vazhniye Istorii, os microchips que o Cazaquistão exportou para a Rússia passaram de um valor de 245 mil dólares em 2021 a 18 milhões de dólares, em 2022.

O grande salto dos drones

"A mesma situação é observada com drones. Em 2021, o Escritório Nacional de Estatística do Cazaquistão nem mencionou drones em seu relatório de importação e exportação", diz a investigação jornalística.

Um salto qualitativo (e suspeito)

No entanto, em 2022, no auge da guerra, "o Cazaquistão importou drones por 5 milhões de dólares e exportou drones para a Rússia por 1,2 milhão".

Aspan Arba

Especificamente, foi a empresa cazaque Aspan Arba a responsável de importar mais de 500 drones para a Rússia, em 2022, apesar de dedicar-se, segundo seu perfil, ao fornecimento desses equipamentos para a indústria siderúrgica, agricultura e serviços de emergência.

Foto: Web Aspan Arba

Drones para Putin

Aspan Arba, conforme relatado pelo Vazhniye Istorii, teria enviado os drones para a empresa russa Nebésnaya Mejánica.

Ilyá Goldberg e Mikhail Sapózhnikovc

O elo entre as duas empresas seria os dois diretores de ambas: Ilyá Goldberg e Mikhail Sapózhnikovc.

A UE está a observar de perto

Valdis Dombrovskis, vice-presidente executivo da Comissão Europeia, mostrou preocupação: "Nosso objetivo é enfraquecer e parar a máquina de guerra russa. A União Europeia leva isso muito a sério."

Mais controle cazaque

Diante desse cenário, o ministro das Finanças do Cazaquistão, Erulán Zhamaubaev, confirmou que seu país fortalecerá os controles para impedir o fornecimento de drones e componentes eletrônicos à Rússia, a partir do solo cazaque.

Controlando as empresas

"Vamos adicionar um sistema de controle de risco e, se algo vazar, vamos detectá-lo e interrompê-lo. Verificaremos as informações sobre as empresas específicas sobre as quais somos informados", concluiu Zhamaubaev.

 

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