O ar poluído que seu filho respira diminui o QI dele?

A poluição do ar pode causar danos irreparáveis
Leitura e matemática foram as disciplinas mais afetadas
A importância de proteger a primeira infância
Lacunas cognitivas começam aos 6 meses
A poluição do ar é altamente prejudicial
O pesquisador chefe
Bairros pobres têm maior probabilidade de serem expostos
A desigualdade
O estudo foi feito com 10 mil crianças
Resultado
O que há de novo?
Estimativas superestimadas
Os resultados devem ser interpretados com cautela
Conclusões provisórias
Mas há outras evidências
Um estudo de 2020 reforça as descobertas de Wodtke
A poluição do ar pode causar danos irreparáveis

Um estudo publicado na revista Science Advances revelou que crianças expostas a diferentes poluentes atmosféricos podem sofrer danos irreparáveis em sua capacidade de progredir na escola.

Leitura e matemática foram as disciplinas mais afetadas

Os prejuízos foram observados no desenvolvimento escolar dos indivíduos estudados, sobretudo, em leitura e matemática.

A importância de proteger a primeira infância

Estar exposto a um nível alto de poluição do ar ainda na primeira infância pode resultar na perda de um mês inteiro de escola primária, segundo o estudo.

Lacunas cognitivas começam aos 6 meses

Os pesquisadores descobriram que as lacunas cognitivas podem começar aos 6 meses e que, a partir dos 2 anos, podem ser irreversíveis.

A poluição do ar é altamente prejudicial

O estudo investiga também como a poluição se relaciona com a realidade socioeconômica dos cidadãos.

O pesquisador chefe

Geoffrey Wodtke, um dos principais pesquisadores do estudo, é diretor associado do Centro de Investigação de Desigualdade e Mobilidade da Riqueza, da Universidade de Chicago. 

Bairros pobres têm maior probabilidade de serem expostos

Ao Washington Post, o pesquisador disse: “O estudo mostra que as crianças nascidas em bairros muito pobres são mais propensas a serem expostas a poluentes atmosféricos neurotóxicos”.

A desigualdade

Geoffrey Wodtke explicou ainda que "as desigualdades no desenvolvimento da primeira infância, especificamente nas habilidades de leitura e matemática, são medidas no momento em que a criança entra na escola”.

O estudo foi feito com 10 mil crianças

Wodtke e sua equipe usaram dados do Departamento de Educação dos EUA. Eles acompanharam cerca de 10 mil crianças, desde o nascimento, em 2001, até a entrada no jardim de infância.

Resultado

Em um comunicado, Wodtke escreveu: “O que importa é que descobrimos algumas evidências, relativamente fortes, de que nascer em um bairro pobre prejudica o desenvolvimento cognitivo precoce. O motivo para que isso ocorra deve-se, em partes, à exposição à poluição neurotóxica do ar”.

O que há de novo?

Embora a maioria dos cientistas de saúde pediátrica não tenha ficado surpresa com as descobertas, os autores do estudo observaram que elas são relevantes e que devem continuar.

Estimativas superestimadas

Os autores fizeram questão de salientar: “É possível que nossas estimativas superestimem a magnitude dos efeitos da vizinhança ou o papel mediador da poluição atmosférica, devido a fatores paralelos não observados”.

Os resultados devem ser interpretados com cautela

O fato é que um estudo deste tipo envolve um grande número de fatores variáveis, por isso, não é possível afirmar com precisão o grau de interferência de cada um dos elementos, como o status socioeconômico ou a poluição do ar. 

Conclusões provisórias

Os autores esclarecem que, nos estudos de mediação causal, também estão presentes agentes não observáveis. Assim, as conclusões são provisórias e devem ser interpretadas com cautela.

Mas há outras evidências

As provas de que a poluição do ar afeta o desenvolvimento precoce dos mamíferos vêm aumentando há anos.

Um estudo de 2020 reforça as descobertas de Wodtke

Pesquisadores do Departamento de Bioestatística, da Universidade de Washington, descobriram que a poluição do ar é neurotóxica para fetos em desenvolvimento. Além disso, o estudo revelou que a poluição do ar também foi associada a um menor QI infantil.

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