Descoberto no espaço algo que não deveria existir
Imagens recentes capturadas pelo Telescópio Espacial James Webb, construído pela comunidade internacional, podem mudar tudo o que sabemos sobre a formação de nosso universo.
O trecho estudado fica perto da Ursa Maior e revelou traços sutis de seis galáxias massivas.
Foto: NASA
Os astrofísicos dizem que estas galáxias teriam existido logo após o Big Bang. São tão antigas e tão grandes que levantam questões sobre se poderiam ser reais.
Foto: NASA
"Esses objetos são muito mais massivos do que se esperava", disse Joel Leja, professor de astronomia e astrofísica da Universidade Estadual da Pensilvânia e um dos pesquisadores que estudou a luz das galáxias descobertas, de acordo com o site de notícias científicas phys.org .
Foto: NASA
"Esperávamos encontrar galáxias pequenas, jovens e bebês, neste momento, mas descobrimos galáxias tão maduras quanto a nossa, no que antes era entendido como o alvorecer do universo", acrescentou Leja.
Foto do Flickr @James Webb Space Telescope
"Cada uma das galáxias encontradas pode ter existido no início do universo, há aproximadamente 500 ou 700 milhões de anos após o Big Bang, ou mais de 13 bilhões de anos atrás", revela Daniel Strain, da Universidade de Boulder, Colorado.
Foto de Ball Aerospace disponível no Wikicommons
“Elas também são gigantescas e cada uma conteria quase tantas estrelas quanto a Via Láctea hoje”, completa.
Foto do Flickr @James Webb Space Telescope
Os pesquisadores ainda precisam de mais dados para confirmar que as galáxias são tão antigas e tão grandes quanto parecem ser, de acordo com o Science Daily.
Foto: NASA
Entretanto, a revista observou que a descoberta oferece "um vislumbre tentador de como o James Webb poderia reescrever os livros de astronomia".
A surpresa com a descoberta foi expressada de forma muito vívida por Erica Nelson, astrofísica da Universidade do Colorado e uma das coautoras da pesquisa.
Foto de Ball Aerospace disponível no Wikicommons
“Você simplesmente não espera que o universo primitivo seja capaz de se organizar tão rapidamente. Essas galáxias não deveriam ter tido tempo de se formar", explicou a cientista.
Em outras palavras, o pesquisador Joe Leja concordou com a colega: “A revelação de que a formação maciça de galáxias começou muito cedo, na história do universo, vira de cabeça para baixo o que muitos de nós pensávamos ser ciência estabelecida”.
De acordo com Leja, vários membros da equipe de pesquisa referiram-se, informalmente, às seis galáxias supermassivas como "destruidoras de universos", por causa das implicações que poderiam ter sobre o que sabemos sobre o cosmos.
Foto: NASA
Embora a descoberta seja difícil de entender, ela basicamente, resume-se ao fato de que cada uma das seis galáxias é tão grande que não pode coexistir com 99% de nossos modelos cosmológicos atuais, segundo Joel Leja.
"Observamos o universo primitivo, pela primeira vez, e não tínhamos ideia do que iríamos encontrar", disse Joel Leja.
"Acontece que encontramos algo tão inesperado que realmente cria problemas para a ciência. Isso lança dúvidas sobre toda a imagem da formação inicial das galáxias", conclui.