Como crianças driblam o controle parental dos apps e o que fazer
O tempo que as crianças passam vidrados em vídeos da internet é uma das tarefas mais difíceis de controlar. Muitos pais sentem-se impotentes ao tentar monitorar tal atividade, sem conseguir estabelecer um limite apropriado para a idade.
Devemos estar atentos já que, muitas vezes, ao navegar por vídeos infantis, uma criança pode chegar a um conteúdo inadequado. Além disso, o excesso desta exposição pode levar a comportamentos prejudiciais. Educadores alertam que as brincadeiras ao ar livre são imprescindíveis.
Como já foi demonstrado, o tempo excessivo de tela (ecrã) resulta em problemas de atenção e comportamento. De acordo com pesquisas recentes, algumas crianças chegam a apresentar atraso na fala e na linguagem.
Imagem: Karen Fedida/Unsplash
Apesar dos efeitos negativos que podem ocorrer neste caso, há também benefícios procedentes da internet. O conteúdo educacional, por exemplo, pode ajudar uma criança em seu desenvolvimento, bem como fortalecer certas habilidades, vitais para seu futuro.
Embora haja ferramentas de controle parental nos dispositivos, as crianças são capazes de encontrar maneiras para contorná-las, algo que surpreende a maioria dos pais.
Basta pesquisar no google: “como contornar os controles dos pais na Internet”, que aparecem dezenas de tutoriais e vídeos sobre o assunto.
Imagem: Arkan Perdana/Unsplash
Uma das soluções mais comuns que as crianças usam para contornar o controle dos pais é alterar o fuso horário no dispositivo.
Imagem: Luis Cortes/Unsplash
Se o tempo de inatividade for programado para começar às 18h, então, a partir deste horário, todos os aplicativos ficam inoperantes. No entanto, basta mudar o fuso horário do aparelho para outro local, por exemplo, Cidade do México (duas horas antes), para que os apps voltem a ficar disponíveis.
Imagem: Rob Hampson/Unsplash
Quando as crianças atingem o tempo limite de um aplicativo, elas podem simplesmente removê-lo do dispositivo e fazer o download novamente, sem a aprovação dos pais. O aplicativo fica então acessível, até que o próximo período de inatividade seja agendado.
Imagem: Dimitri Karastelev/Unsplash
Depois de configurar o horário de inatividade do aparelho, os pais, às vezes, esquecem de selecionar a opção “bloquear quando inativo”. Se esta função não for ativada, as crianças podem clicar em “Ignorar” e continuar a mexer no dispositivo.
Se o 'tempo de tela (ecrã)' foi configurado no dispositivo da criança, outra alternativa comum é quando o jovem pede para que seu pai ponha a senha no aparelho, para desbloqueá-lo. Ao fazer isso, seu filho pode ter gravado a tela (ecrã) secretamente, para, depois, saber a senha.
Um dos lugares mais óbvios para acessar o controle parental também é frequentemente um dos mais esquecidos pelos pais: a própria rede doméstica e sua configuração, onde as crianças podem facilmente fazer alterações.
Vale lembrar que a “senha padrão” do seu roteador deve ser alterada. Caso contrário, será uma ótima oportunidade para alguém alterar as configurações de DNS e acessar o aplicativo de controle parental, podendo alterá-lo. Para quem não sabe, DNS é o Sistema de Nomes de Domínio em seu laptop, telefone ou roteador, sua porta de entrada para a internet.
Certifique-se de que todas e quaisquer senhas e combinações de PIN sejam únicas e difíceis para uma criança adivinhar ou memorizar.
Além de todas estas precauções, há também um recurso muito recomendável, o diálogo aberto com as crianças. Estabelecer regras claras sobre como usar a internet e os jogos é essencial para garantir que o limite de tempo de cada dispositivo seja respeitado.
Também vale a pena avisar nossos filhos de que conhecemos as artimanhas para driblar o controle parental. Então, uma boa solução é declarar que haverá consequências, caso as regras sejam descumpridas, sem que isso configure uma ameaça.
Se explicarmos às crianças que o limite de tempo e o controle do conteúdo são importantes para o bem-estar de todos, elas estarão mais propensas a respeitar nossas regras.
Limitar o tempo de tela (ecrã) da criança é tão importante quanto dar um bom exemplo. De nada adianta impor regras rígidas se nós mesmos não somos capazes de desconectar.
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